REINTEGRAÇÃO

Alunos deixam reitoria da USP após 42 dias

Além de paredes e objetos pichados, computadores, mesas e cadeiras, sumitam afirma a USP

13/11/2013 às 10:31.
Atualizado em 24/04/2022 às 22:26

O cenário dentro da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) é de completa destruição após a reintegração de posse ocorrida na manhã de ontem, após 42 dias de ocupação. De acordo com a assessoria da USP, funcionários fizeram um levantamento sobre o prejuízo, que ainda não pode ser calculado. O prédio foi ocupado pelos estudantes no dia 1º de outubro e a reintegração de posse ocorreu de forma pacífica. Cerca de 50 policiais da Tropa de Choque chegaram à universidade às 4h45 e a reintegração de posse teve início por volta das 5h. A ação da polícia durou cerca de 40 minutos. Segundo a assessoria de imprensa da USP, quando os policiais chegaram à universidade para cumprir a reintegração, a maioria dos estudantes tinha deixado o prédio. De acordo com a USP, vários equipamentos, como computadores, mesas e cadeiras, sumiram. Há várias paredes e objetos pichados e salas que estão completamente vazias. Para a USP, a destruição ocorrida foi pior do que a que aconteceu na invasão da reitoria ocorrida em 2011. Naquela ocasião, estudantes que haviam invadido o prédio foram retirados pela Tropa de Choque e acomodados em três ônibus da PM e levados para a delegacia. Segundo os estudantes, dois estudantes foram detidos pela PM e levados para a delegacia. A PM nega que tenha detido alunos durante a reintegração. Os estudantes contestam a versão da universidade e dizem que a danificação do prédio e o furto de equipamentos só pode ser comprovado com uma vistoria comum com os dois lados participando. A diretora do DCE (Diretório Central dos Estudantes), Arielli Tavares, de 23 anos, disse que o movimento sempre foi contra danificar o patrimônio, mas o que ocorreu na reitoria foi por conta da USP deixar os estudantes sem água e luz no prédio nos primeiros dias da ocupação e por demorar para negociar com os estudantes. Uma das principais reivindicações dos estudantes é escolher os próximos reitores por meio de eleições diretas. Veja também Justiça ordena desocupação da reitoria da USP Segundo decisão uso da força policial deve ser requisitada pela universidade, caso necessário Estudantes liberam entrada após bloqueio de portões da USP Ação dos manifestantes é para pressionar o reitor João Grandino Rodas a atender suas pautas Acusado de vandalismo será banido de novos protestos Envolvidos em episódios violentos terão de se apresentar à polícia no horário dos protestos Alunos da USP protestam por liberação de detidos Os manifestantes reivindicavam a soltura dos colegas e prometeram fazer vigília enquanto não houvesse a liberação

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