LALÁ RUIZ

Algumas considerações

Lalá Ruiz
lala@rac.com.br
14/03/2013 às 05:00.
Atualizado em 26/04/2022 às 00:53

...Sobre a arte de remixar (ou, como transformar uma música bacana em algo insuportável):Estava eu na academia e, entre um putz-putz e outro, começou a tocar um riff de guitarra e — opa! —, pensei, enfim uma música que conheço e gosto. No caso, era "She Drives me Crazy", da banda britânica Fine Young Cannibals. Mas, a felicidade durou pouco. Era uma remixagem daquelas bem chatas de “balada”. O cara pegou o riff de guitarra, o primeiro verso do refrão, repetiu não sei quantas vezes e emendou com aquelas sirenes de carro de bombeiro, mas aceleradas... Ficou insuportável. Antes de mais nada, é bom deixar claro que não tenho nada contra DJs, mas alguns remixes são bem questionáveis. Esse, por exemplo, é um. Juro que até tentei descobrir no YouTube de quem se tratava para ser mais precisa, mas, eram tantas as opções que resolvi deixar para lá. Mas, fica aqui registrado o meu protesto. ...Sobre a necessidade de se fazer uma refilmagem de "Footloose – Ritmo Quente":Quando foi lançado, nos anos 80 (mais precisamente em 1984), o filme estrelado por Kevin Bacon, Lori Singer e o ótimo John Lithgow no papel do reverendo repressor Shaw Moore até que fazia algum sentido. Jovem muda para uma cidade pequena, se apaixona pela filha do pastor, que por sua vez proibiu a realização de bailes na cidade depois de o filho ter morrido em um acidente de carro voltando de um baile (é claro). O jovem em questão rema contra a maré (leia-se o tal pastor), conquista o apoio da cidade, fica com a mocinha um tanto espevitada, dobra o tal reverendo, realiza o baile e ainda dá umas pauladas em uns moleques folgados que queriam atrapalhar a festa recheada de meninas com os vestidos mais horrorosos já selecionados para uma produção adolescente de Hollywood. Tem a cena clássica do baile, com todo mundo dançando a canção título da trama, de autoria de Kenny Loggins, porém, o filme está longe de ser uma obra-prima (no Imdb — o Internet Movie Database —, numa escala de 0 a 10, a nota é "Footloose — Ritmo Quente" é 6,2). Outro dia, peguei na TV a cabo a exibição do “novo” "Footloose", de 2011, e cheguei à seguinte conclusão: pra quê gastar dinheiro com esse remake? E o pior, como fui perder meu precioso tempo? Elenco ruim, nada de novo no front e ponto a mesma cena do baile....Sobre tapetes extrovertidos (não, caro leitor, você não leu errado!):Caros amigos publicitários (me orgulho de ter alguns). Gostaria que me explicassem como é possível atribuir características humanas a objetos inanimados, no caso, um tapete. Estava eu a caminho da Redação do Correio Popular, rádio ligado no carro, e eis que entra no ar o comercial de uma loja de artigos para decoração com sua nova coleção de tapetes “extrovertidos”. Gente, isso é demais para o meu pobre coraçãozinho ranzinza. Me peguei imaginando como se portaria um tapete “extrovertido”... Será que ele chega na sala e já determina “gentiiiii, aqui é meu lugar!” ou qualquer coisa do tipo que uma pessoa extrovertida faria. Se alguém puder me explicar a logística da coisa, sinta-se à vontade.

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