O sorteio terá um jogador representado cada uma das oito seleções campeãs mundiais de futebol
Dois dos maiores algozes do Brasil em Copas do Mundo estarão na Costa do Sauipe, no próximo dia 6 de dezembro, para o sorteio dos grupos do próximo Mundial. Nesta sexta-feira, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, revelou que Zinedine Zidane, único convidado que ainda não havia confirmado sua participação, foi liberado pelo Real Madrid e estará na Bahia. O sorteio terá um jogador representado cada uma das oito seleções campeãs mundiais de futebol. Já estava confirmada a participação, entre outros, do uruguaio Alcides Ghiggia, algoz do Brasil na fatídica final da Copa do Mundo de 1950, no Maracanã. Também estarão no Sauipe Cafu, representante do Brasil, o alemão Lothar Matthäus, o inglês Geoff Hurst, o argentino Mario Kempes, o italiano Fabio Cannavaro e o espanhol Fernando Hierro. Este último não foi campeão mundial, mas representará seu país porque os jogadores que venceram a Copa de 2010 estão todos em atividade e o sorteio acontece no meio da temporada. Faltava apenas a definição do ex-jogador francês e ele será Zinedine Zidane, astro da conquista da Copa do Mundo de 1998 e algoz do Brasil naquela competição. Na sua conta no Twitter, Valcke agradeceu o Real Madrid por "este grande gesto" de liberar Zidane, assistente técnico de Carlo Ancelotti. Na coluna que escreve no site da Fifa, o secretário-feral disse que "o gesto do Real Madrid ilustra exatamente o espírito de que precisamos para celebrar o futebol". As declarações são uma forma de amenizar a crise entre Fifa e Real depois que o presidente da entidade, Joseph Blatter, disse numa palestra na Inglaterra, que acha Messi melhor que Cristiano Ronaldo e que o português gasta demais com produtos para cabelo. Logo a imprensa espanhola especulou um boicote do jogador e do clube aos eventos da Fifa. GASTOS - Na coluna publicada nesta sexta-feira, Blatter exalta o sorteio da Copa, diz que "estamos investindo mais de R$ 20 milhões na organização do sorteio final" e que na conta estão cobertura televisiva, apresentação de artistas, infraestrutura tecnológica para milhares de representantes da mídia internacional, segurança privada e cenografia. O dirigente também comemorou a mudança no tom da cobertura da mídia, agora mais focada no futebol do que na organização do Mundial, na análise dele. "É gratificante ver que chegou a hora de os astros se tornarem o centro das atenções, depois de tanto trabalho duro, algumas dificuldades ocasionais, momentos emocionantes e até mesmo críticas equivocadas durante o processo de preparação."