Além da Liberdade, de Luc Besson (2011) ( Divulgação)
Não se discute a legitimidade heroica da personagem central, Aung San Suu Kyi (Michelle Yeoh) em Além da Liberdade (Telecine Premium, 12h20, 14 anos), de Luc Besson (2011). Filha de herói da independência da Birmânia, foi para a Inglaterra, se casou com Michael Aris (David Thewlis), teve dois filhos, Kim (Jonathan Raggett) e Alex (Jonathan Woodhouse), e manteve contato com o país através de livros e notícias. Quando volta à Birmânia para visitar a mãe doente, se sensibiliza com o pedido de líderes locais para lutar pela democracia no país. Aceita, vira ícone do movimento, mas passa a ser perseguida pelos militares no poder. E, na esperança de fazer com que o povo esqueça Aung, o governo a coloca em prisão domiciliar por 15 anos. Política é algo muito complexo e fica fácil cair no maniqueísmo puro e simples. Ditadura é abominável. Ponto. Assim, não precisa de muito esforço para nos fazer acredita no drama de Aung e na falta de liberdade dela. E, portanto, não precisa apelar para o melodrama mexicano, pois o drama está ali, na tela, com todas as letras.