Para o governador paulista, as questões federativas, como royalties têm de ser discutidas em conjunto
Alckmin durante vistoria às obras de construção de um piscinão para conter enchentes na região da Avenida do Estado (Divulgação/Portal do Governo do Estado)
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, defendeu que o Congresso não derrube os vetos relativos aos royalties dos contratos em andamento, feitos pela presidente Dilma Rousseff. Alckmin disse que, com a derrubada do veto, São Paulo deixará de arrecadar R$ 4 bilhões entre 2013 e 2020.
Para o governador paulista, as questões federativas, como royalties, comércio eletrônico, fundo de participação dos Estados, alíquota de ICMS e a questão da dívida estadual, têm de ser discutidas em conjunto. "Nós defendemos que as questões federativas não sejam tratadas de forma fatiada. Têm cinco temas federativos. É ruim tratar isso de forma fatiada porque resolve um; depois, outros. O ideal era tratar em conjunto porque alguém vai ganhar, alguém vai perder nestes debates. Se você analisa e procura avaliar o conjunto, mantém a Federação mais equilibrada, e gera menos conflito", recomendou.
Depois de lembrar que, há 15 dias, reuniu-se com 70 deputados e três senadores para falar sobre a necessidade de não derrubar o veto de Dilma aos royalties, Alckmin reiterou: "Somos favoráveis ao veto porque o que já está contratado, já tem regras estabelecidas". Mas o governador reconheceu que "cabe ao Congresso dar a última palavra".
Questionado se a presidente Dilma fez "corpo mole" ao não pressionar a base para manter o veto e que, com isso, espalhava a cizânia entre os Estados, o governador Alckmin evitou polemizar. "O esforço deve ser feito para harmonizar interesses da Federação", disse. Lembrado que, quando a presidente Dilma quer, "passa o trator" no Congresso, ele respondeu: "A presidenta vetou. É o que cabia ao Executivo fazer. Agora cabe ao Congresso decidir".