SEGURANÇA

Alckmin diz ter 'tolerância zero' com PMs em execuções

Dois PMs foram presos por suspeita de participar de execuções em Osasco e Carapicuíba na quarta passada

Agência Estado
24/04/2013 às 15:50.
Atualizado em 25/04/2022 às 18:57

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta quarta-feira (24) que tem "tolerância zero" com policiais militares que possam ter participado de execuções na Grande São Paulo. Dois PMs foram presos por suspeita de participar de execuções em Osasco e Carapicuíba na quarta-feira passada (17). Esses ataques deixaram quatro pessoas mortas e sete feridas.

"Os dois policias vão responder ao processo administrativo. Se ficar comprovado o envolvimento, eles serão expulsos da polícia e vão responder processos civil e criminal. Essa é a orientação" afirmou Alckmin, complementando que em seu governo "não há nenhuma tolerância com desvio de conduta".

Questionado se o seu governo tem conhecimento de algum grupo de extermínio dentro da Polícia Militar, o tucano declarou que não. "O que nós temos é uma corregedoria, que é a maior do País, e que está permanentemente trabalhando." O dirigente disse ainda que a Corregedoria da PM apura desvios de conduta da corporação, que tem 96 mil agentes, e que, em caso de irregularidades, "a punição é rigorosa".

Alckmin afirmou ainda, durante evento em Jundiaí, no interior paulista, que a expulsão de PMs envolvidos em crimes é rápida. "Antes demorava anos e anos para você concluir o processo e tirar o mau policial. Agora, a gente faz isso em meses."

Guarulhos

Reportagem publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo nesta quarta-feira, 24, mostra que PMs também podem estar envolvidos em execuções em Guarulhos, na Grande São Paulo. Agentes da corporação são os principais suspeitos de ter matado 35 pessoas e ferido outras 17 na cidade desde junho. A onda de crimes na cidade começou no auge dos ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) contra a polícia.

Segundo investigações da Polícia Civil, homens do 31.º e do 44.º Batalhões da PM se uniram em uma vingança que atingiu criminosos frequentadores de pontos de venda de drogas, vizinhos de bandidos e mesmo quem, por acidente, estava na hora e no lugar errados. Nem mesmo crianças escaparam.

A atuação do grupo responderia por 23 execuções do dia 23 de junho até agora. Nesses crimes, morreram 21% das vítimas de assassinatos da cidade.

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