ELETRÔNICOS NOS EUA

Ainda vale a pena?

Leitores que, assim como eu, são fissurados em produtos Apple, me perguntam se, com a alta do dólar, ainda é vantagem comprar itens da marca fora do Brasil, especialmente nos Estados Unidos, destino preferido dos brasileiros quando o assunto é compra.

Antonio Eduardo Gregori
06/04/2015 às 14:41.
Atualizado em 23/04/2022 às 16:52
Eduardo Gregori ( Leandro Ferreira/ AAN)

Eduardo Gregori ( Leandro Ferreira/ AAN)

Leitores que, assim como eu, são fissurados em produtos Apple, me perguntam se, com a alta do dólar, ainda é vantagem comprar itens da marca fora do Brasil, especialmente nos Estados Unidos, destino preferido dos brasileiros quando o assunto é compra. Não dá para responder imediatamente sim ou não, uma vez que é necessário levar em conta alguns fatores. Uma coisa é certa, com a alta da moeda norte-americana, aquela grande vantagem de comprar no Exterior já não é lá assim tão atraente. Escolhi dois produtos para comparar se vale ou não a pena. Uma Apple TV, custa nos EUA 69 dólares. Na cotação do dia em que escrevo esta coluna, 1 dólar valia R$ 2,40. Ou seja, R$ 165,60 se fosse pago em dinheiro ou, aproximadamente R$ 175,00 computando os 6,38% do Imposto sobre Operações Financeiras cobrados no uso de cartão de crédito no Exterior. No Brasil, o mesmo aparelho custa, em média, R$ 300,00. A diferença entre o produto no Brasil e nos Estados Unidos é de mais de 50%, ou seja, em dinheiro é possível comprar duas Apple TVs lá fora pelo preço de uma aqui. Como o valor em dólar do eletrônico é baixo, vale muito a pena comprar nos EUA. Sem dizer que o item está na cota de 500 dólares que podemos trazer do estrangeiro sem pagar impostos. Outro produto, sonho de consumo de muitos, o iPhone, talvez não seja tão vantajoso, principalmente para quem não tem dinheiro vivo. Um modelo 6 plus de 64 gigas custa nos Estados Unidos aproximadamente R$ 3,1 mil se comprado em dinheiro. Se a compra for no cartão de crédito, adicione mais R$ 184,00, totalizando R$ 3.243,00. No Brasil, o mesmo modelo sai por R$ 4.299,00 sem plano e nenhum incentivo de operadora de telefonia móvel. É preciso ter em mente que, ao voltar ao Brasil, será necessário pagar o excedente dos 500 dólares da cota. Ou seja, se trouxer apenas o iPhone 6 plus de 64 gigas na bagagem, cujo preço é de 949 dólares, será necessário pagar mais 50% sobre 449 dólares excedentes, ou seja, 224,50 dólares, que ao valor de R$ 3,40, vale R$ 538,80. Na conta final, o iPhone, mesmo comprado em dinheiro, custará legalmente no Brasil R$ 3.638,00, cerca de R$ 600 reais a menos do que o mesmo aparelho comprado no Brasil. A diferença será menor caso o comprador assine um plano em uma operadora. A vantagem de comprar nos Estados Unidos é poupar R$ 600,00 ou mais, dependendo da cotação. Para quem pensa em pagar no cartão porque não tem dinheiro vivo no ato da compra, optar pela versão nacional talvez seja maior vantagem. Se o desconto no plano da operadora de telefonia for interessante, é possível aproveitar ainda outra vantagem, o parcelamento. Tanto a própria Apple quanto as operadoras, têm facilitado o pagamento em dez e até 12 vezes sem juros. Então, é uma questão meramente de contas. Faça as suas e veja o que melhor cai no seu bolso.   Eduardo Gregori é editor de Turismo do Grupo RAC

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