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Polícia acha faca e celular dentro de carro de professora encontrada morta em SP

Estadão Conteúdo
06/05/2025 às 12:59.
Atualizado em 06/05/2025 às 13:04

A polícia achou uma faca e um celular no carro da professora Fernanda Bonin, de 42 anos, encontrada morta com sinais de estrangulamento, no dia 28 de abril, em um terreno baldio próximo ao Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo.

A arma e o aparelho passaram por perícia em busca de impressões digitais. O veículo, um Hyundai Tucson, havia sido encontrado no sábado, 3, nas imediações do autódromo.

Imagens de câmeras de monitoramento instaladas na rua mostram duas pessoas - possivelmente um casal - saindo do carro horas depois que o corpo da professora foi encontrado. A polícia trabalha na identificação e na localização dessas pessoas, que podem levar ao esclarecimento do crime. O caso é investigado sob sigilo.

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O carro e os pertences foram periciados e os laudos serão analisados. As diligências prosseguem.

Fernanda desapareceu na noite do dia 27 de abril, após sair do apartamento em que morava. O corpo foi encontrado na manhã seguinte, no terreno ao lado da Avenida João Paulo da Silva, no bairro Vila da Paz, próximo ao autódromo. Ela estava com a roupa que usava ao sair de casa e tinha um cadarço enrolado no pescoço. O laudo da necropsia não foi divulgado, mas a suspeita é de asfixia mecânica (estrangulamento).

O veículo, o celular e pertences da professora tinham sido levados junto com o carro. A polícia começou a investigação como latrocínio - roubo seguido de morte -, mas depois passou a admitir a hipótese de homicídio doloso (intencional).

A professora saiu de casa para socorrer a ex-esposa, que tinha sofrido uma pane mecânica no carro na zona oeste da cidade. Os dois filhos do casal estavam no carro avariado. Imagens do circuito interno do prédio mostram quando ela desceu sozinha pelo elevador, com o celular em uma das mãos, e saiu da garagem para a rua.

Carro localizado após denúncia

A Tucson percorreu cerca de 25 quilômetros, até o local onde o corpo de Fernanda foi encontrado, na manhã seguinte. O carro foi deixado a menos de um quilômetro do local, na rua Ricardo Moretti, na Cidade Dutra, região de Interlagos. Um morador estranhou o veículo estacionado há vários dias no mesmo local, com os vidros fechados e as portas trancadas, e acionou a polícia.´

O automóvel passou por perícia no local onde estava e depois foi guinchado a um pátio policial. Os peritos recolheram marcas de impressão digital, fios de cabelos e outros vestígios, além de utilizar o luminol - substância que identifica manchas de sangue não aparentes. O laudo da perícia não foi divulgado.

A faca encontrada no carro pode ser a arma possivelmente usada para dominar Fernanda. Já o celular pode ser da professora ou de um de seus filhos - o aparelho estava sem o chip.

A rua onde o carro foi abandonado possui câmeras e uma delas flagrou duas pessoas deixando o veículo. A polícia tenta localizar os suspeitos, que poderiam estar direta ou indiretamente envolvidas no crime.

Entenda o caso

A veterinária Fernanda Fazio, que foi casada durante oito anos com a professora, prestou depoimentos três vezes à polícia para dar detalhes que pudessem ajudar na investigação. Foi a pedido dela que Fernanda Bonin deixou o apartamento naquela noite. Elas estavam separadas há cerca de um ano, mas faziam terapia de casal em busca de reconciliação.

Fernanda Fazio contou que levava os dois filhos do casal para a casa da professora quando o câmbio do veículo teria travado na Avenida Jaguaré, na zona oeste. Ela pediu ajuda e passou sua localização. Meia hora depois o carro voltou a funcionar, mas a veterinária já não conseguiu contato com a ex-esposa.

O carro da veterinária passou por perícia para a confirmação do defeito, mas o laudo não foi divulgado. A polícia já esclareceu que a ex-mulher não é suspeita do crime, tendo sido ouvida como averiguada e na condição de testemunha. A reportagem entrou em contato com Fernanda Fazio e aguarda retorno.

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