A Oi, em recuperação judicial, apresentou lucro líquido de R$ 1,67 bilhão no primeiro trimestre deste ano, revertendo prejuízo de R$ 2,78 bilhões registrado em igual período de 2024.
Essa diferença é explicada principalmente pela conclusão da venda da operação de banda larga para a V.tal em fevereiro, que gerou um ganho de R$ 3,7 bilhões. A empresa também contou com redução da despesa financeira devido a efeitos cambiais.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 3,268 bilhões ante resultado negativo de R$ 204 milhões de um ano antes.
Já o Ebitda de rotina, sem o efeito X, ficou negativo em R$ 433 milhões, uma piora de 158%.
A receita líquida totalizou R$ 1,43 bilhão, retração de 34,3%, influenciada pela perda da receita com o negócio de banda larga, bem como pela alienação da operação de televisão por assinatura.
A Oi Soluções - principal negócio remanescente após as outras vendas de ativos - teve uma receita de R$ 371 milhões, encolhendo 22%.
Os custos e despesas operacionais totalizaram R$ 1,9 bilhão, montante 19,2% menor. A empresa enxugou despesas com pessoal, terceiros, publicidade e aluguéis. Já a despesa com manutenção de rede cresceu.
O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) gerou uma despesa de R$ 235 milhões, um corte de 90%. Além da menor despesa com juros, a dívida teve um ganho relevante com a valorização do real frente ao dólar no início do ano, aliviando a dívida em moeda estrangeira.
A Oi teve consumo de R$ 523 milhões do caixa, alta de 54%. Segundo a empresa, isso se deve à manutenção de redes antigas e banda larga. Com isso, a posição de caixa da Oi foi para R$ 1,45 bilhão.
No fim do primeiro trimestre, a dívida líquida ficou em R$ 9,8 bilhões, 61% menor do que no mesmo período do ano passado, após aprovação do plano de recuperação.