Esportes

Novas regras da Fifa impõem multa para casos de racismo no futebol e reforçam punição por WO

Estadão Conteúdo
09/05/2025 às 23:00.
Atualizado em 09/05/2025 às 23:09

A Fifa anunciou uma alteração no Código Disciplinar que busca endurecer a luta contra o racismo no futebol. O protocolo antirracista apresentado em 2024 agora passa a integrar essas regras, com aumento da multa e reforço sobre WO para o clube envolvido em casos.

O protocolo consiste em três passos usados para denunciar racismo em jogos de futebol. O jogador que for denunciar uma prática discriminatória deve fazer um gesto de 'X' com os braços cruzados. O árbitro, verificando a situação, também faz a sinalização, parando o jogo. Se a discriminação persistir, o juiz pode optar por uma suspensão temporária, última decisão antes de declarar derrota por WO do time envolvido no ato.

Agora, este protocolo integra o artigo 15 do Código Disciplinar, reforçando a regra. Todas as confederações filiadas da Fifa devem aplicar o protocolo. Além disso, a Fifa impôs uma multa máxima de 5 milhões de francos suíços (R$ 34 milhões) para casos de racismo em jogos.

A Fifa permite que árbitros e jogadores ajudem a identificar indivíduos que cometam atos racistas para facilitar ações necessárias, como remoção do torcedor do estádio. A entidade também ganha o direito de ir ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) para intervir em casos nos quais entender que não houve ação suficiente por seu membro filiado.

"O Código Disciplinar revisado representa uma mudança radical no objetivo da Fifa de aprimorar sua estrutura regulatória para processar e sancionar discriminação e abuso racista em cooperação com nossas 211 Associações-Membro da FIFA", falou o presidente Gianni Infantino.

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Além do aumento de participantes na Copa do Mundo Feminina, a Fifa reconheceu informalmente a seleção de refugiadas afegãs, que agora pode realizar treinamentos e jogar amistosos validados pela entidade.

"Estamos muito orgulhosas de ser parte da história em ajudar a Fifa a reconhecer a primeira seleção de refugiadas", declarou Khalida Popal, criadora da equipe e CEO da Girl Power Organization.

"Estamos contentes que a Fifa criou um caminho para jogadoras afegãs finalmente retornarem ao campo, mas continuo esperançosa que se possa melhorar seus estatutos para dar um reconhecimento oficial ao time", conclui.

Segundo a diretoria-executiva da Aliança Esportes e Direitos, Andrea Florence, isso é um primeiro passo que comprova que a defesa incansável e persistentes pelas jogadoras afegãs. "No entanto, é importante observar que isso não aborda totalmente a discriminação de gênero em curso por parte da Federação Afegã de Futebol, que continua a proibir mulheres de jogar e as partidas da seleção de refugiadas não contarão para sua classificação oficial."

Na Copa do Mundo de 2027, por exemplo, a seleção de refugiadas afegãs não poderão participar. "É urgente que a Fifa e suas filiadas tomem medidas necessárias para não permitir a discriminação de gênero contra as jogadoras afegãs, e usem seus poderes para garantir que mulheres e meninas do Afeganistão não sejam esquecidas", argumentou a jogadora do time de refugiadas, Mursal Sadat.

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