Os líderes do G7 lançaram, nesta terça-feira, 17, um Plano de Ação para Minerais Críticos, uma iniciativa conjunta para fortalecer as cadeias globais de suprimento desses recursos considerados estratégicos para as economias do futuro, digitais e energeticamente seguras.
O documento, divulgado após reunião de cúpula no Canadá, reafirma o compromisso do grupo com práticas responsáveis e sustentáveis de mineração, em um momento em que crescem os temores sobre a dependência excessiva de poucos fornecedores globais, especialmente no setor de terras raras.
"Temos interesses compartilhados em segurança nacional e econômica, os quais dependem do acesso a cadeias de suprimento resilientes de minerais críticos regidas por princípios de mercado", diz o documento.
Os líderes alertam que "políticas e práticas não orientadas pelo mercado no setor de minerais críticos ameaçam nossa capacidade de obter muitos desses recursos", o que inclui "elementos de terras raras necessários para ímãs usados na produção industrial".
O plano define ações em três frentes principais: construção de mercados baseados em padrões; mobilização de capital e investimentos em parcerias; e estímulo à inovação tecnológica.
Entre as medidas anunciadas, os países do G7 se comprometem a desenvolver um roteiro para promover mercados padronizados para minerais críticos, com critérios mínimos sobre boas práticas ambientais, trabalhistas e de governança.
Outro eixo importante é o aumento de investimentos em projetos de mineração e processamento dentro e fora dos países do G7, inclusive com apoio a nações em desenvolvimento.
Nesse contexto, o G7 se compromete a "trabalhar com parceiros de mercados emergentes e países em desenvolvimento para desenvolver infraestrutura de qualidade, como corredores econômicos", além de apoiar reformas regulatórias que atraiam capital privado responsável.
O grupo promete intensificar a colaboração em pesquisa e desenvolvimento, com foco em reciclagem, substituição de minerais e economia circular. "Contamos com ecossistemas públicos e privados de inovação com grande potencial ainda não explorado", afirmam. Um dos marcos será a Conferência sobre Materiais e Minerais Críticos, a ser realizada em setembro, em Chicago, sob liderança dos EUA.
O plano foi endossado pelos líderes de Austrália, Índia e República da Coreia, que participaram como convidados.