Com programação multiartística, o Festival Cidade da Cultura ocorre desta terça, 1.º, até dia 31, em São Paulo. Serão mais de 100 eventos nacionais e internacionais, incluindo teatro, dança, literatura, artes visuais, música e humor. As atividades se distribuem por mais de 150 espaços culturais da capital paulista e estão organizadas em cinco eixos temáticos: Arena da Palavra (literatura), Arte em Circuito (artes plásticas), Jam Brasil (música), Corpo em Performance (teatro, circo e dança) e Ria Comediando (humor).
A proposta é "celebrar São Paulo com um intercâmbio internacional" em várias áreas de expressão artística, promovendo trocas com outros países. Participam da agenda Austrália, Espanha, Colômbia, Cuba e Finlândia. Entre os eventos, 35 são internacionais, incluindo atrações que vêm ao Brasil pela primeira vez.
Grande parte das atividades é gratuita. A exceção é a Diplomacia Cultural, programação fechada ao público - o objetivo é promover encontros internacionais com foco em mercado, cultura e em maior cooperação entre os países.
O festival contará com um aplicativo para organizar a programação, em que os eventos poderão ser filtrados por dia e região. O evento foi idealizado por Marcelo Sollero, diretor do Polo Cultural. Segundo ele, a "epifania" para a criação do evento foi o tradicional Festival Fringe, que ocorre em Edimburgo, na Escócia, desde 1947. Nos primórdios focado em teatro, ele estimulou o surgimento de festivais paralelos voltados a outras expressões artísticas. Assim, com os diferentes eixos temáticos, a ideia do festival paulistano é promover a aproximação dos diversos espaços culturais da cidade e seus idealizadores.
Entre os destaques internacionais da agenda estão a artista visual colombiana Julieth Morales, que abrirá o festival com performance na Galeria Vermelho; e Kate Gaul, produtora da House of Oz. Outro nome importante é a artista australiana Lisa Roet, que traz ao Brasil o Golden Monkey, escultura gigante de um mico-leão-dourado. A obra de 14 metros de altura carrega mensagem sobre o aquecimento global e a ameaça de extinção de espécies. Lisa explica que quis transmitir, na feição do animal, certo desamparo em busca de sua família, do alto dos prédios, diante do processo desenfreado de urbanização. A obra já esteve em Hong Kong, Pequim, Cingapura e Melbourne.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.