EUA estão identificando barreiras não tarifárias e leis injustas, diz secretário do Tesouro

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, disse nesta quinta-feira, 6, que o governo norte-americano está identificando barreiras tarifárias e leis injustas aos EUA, incluindo agentes que "reduzem a concorrência, suprimem salários e manipulam a moeda". Em discurso no Clube Econômico de Nova York, Bessent alegou que as políticas tarifárias do governo Donald Trump iniciaram um processo de reorientação das relações econômicas dos EUA para revisar parcerias que não agregam aos norte-americanos.

"Trump acredita que as tarifas são uma boa fonte de receita, protegem os trabalhadores e criam uma vantagem nas negociações. Hoje, subsidiamos o resto do mundo", acrescentou o secretário.

Em sessão de perguntas e respostas, Bessent declarou que a política tarifária pode financiar cortes no imposto de renda nos EUA e que as tarifas recíprocas de abril dependerão do caminho e "de nossos parceiros comerciais".

Segundo ele, as medidas tarifárias podem ser um ajuste de preço único.

Ele também disse que é preciso revisar as tarifas com a China, mas não forneceu mais detalhes.

Foco em rendimentos de 10 anos

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos ainda afirmou que o governo quer se concentrar no rendimento de 10 anos e como reduzi-lo, citando que Trump parou de pedir para que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) reduza as taxas de juros.

Bessent comentou que deseja alavancar o setor privado e que os "bancos têm sido sobrecarregados por exigências regulatórias onerosas". "Não estou preocupado com a inflação em todo o processo. Quanto mais esperarmos para estender reduções de impostos, maiores serão as chances de que eles aumentem", acrescentou.

O secretário do Tesouro declarou ainda que o acesso a produtos baratos não é a essência do sonho norte-americano e que o país irá olhar para multas massivas impostas pela União Europeia a empresas de tecnologia dos EUA.