O economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, e a dirigente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Clare Lombardelli, defenderam o uso flexível de cenários para a política monetária e a economia em momentos de incerteza, mas rejeitaram uma abordagem rígida ou automatizada. As autoridades participaram de sessão de perguntas e respostas em evento organizado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), em Washington.
Lane afirmou que o BCE sempre encerra seus comunicados lembrando que "temos ferramentas apropriadas" para lidar com instabilidades e que a instituição responderá a qualquer cenário de forma adequada.
Segundo ele, esse cuidado está presente nas propostas de política monetária, que buscam ser robustas a diferentes contextos.
Lombardelli concordou, destacando que o valor dos cenários está na flexibilidade e criticando a ideia de uma "biblioteca" fixa de projeções.
Ela também diferenciou os cenários voltados à estabilidade financeira - usados em testes de estresse - daqueles da política monetária, que, segundo ela, não deve ser baseada em riscos extremos, mas preparada para enfrentá-los.