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Bono tenta levar Al-Hilal à semi do Mundial após feito inédito com Marrocos no Catar em 2022

Estadão Conteúdo
04/07/2025 às 12:04.
Atualizado em 04/07/2025 às 12:11

Desde que o governo da Arábia Saudita começou a investir em clubes do país, por meio do Fundo de Investimento Público (PIF, na sigla em inglês), em 2023, o Al-Hilal já gastou cerca de R$ 3 bilhões em contratações. Sob a máxima de que "todo time começa por um bom goleiro", um dos primeiros contratados foi Yassine Bounou, determinante na atual campanha do time no Mundial de Clubes, nos Estados Unidos.

Contra o Manchester City, nas oitavas de final, ele somou 10 defesas. Foi o recorde de um goleiro em apenas um jogo neste Mundial. Antes, o time só tinha sido vazado no empate por 1 a 1 contra o Real Madrid, em que Bono defendeu um pênalti.

Quando chegou no Al-Hilal, o jogador tinha 32 anos e estava no Sevilla, após ter feito história com a seleção marroquina na Copa do Mundo do Catar, no fim de 2022. O time foi o primeiro africano a chegar à semifinal, caindo apenas para a vice-campeã França. Bono terminou o torneio com apenas quatro gols sofridos em sete jogos.

"Nosso objetivo é chegar o mais longe possível. Depois de alcançar as semifinais da Copa do Mundo (de 2022) com o Marrocos, quero ir mais longe neste torneio do que jamais fui antes", disse o goleiro em entrevista à Fifa, ainda antes do início da competição.

NASCIDO NO CANADÁ, BONO FEZ CARREIRA NA ESPANHA

De família marroquina, Bono nasceu no Canadá. Ainda jovem, contudo, o goleiro começou a atuar na base do Wydad Casablanca, um dos maiores clubes de Marrocos e que disputou o Mundial deste ano, no Grupo G.

Pouco depois de virar profissional, o goleiro foi contratado para o time B do Atlético de Madrid. Sob a sombra de Jan Oblak, Bono não teve oportunidades no elenco principal e Bono rodou por Real Zaragoza e Girona. Foi no Sevilla, em 2019, ainda por empréstimo, que o goleiro se consolidou como peça fundamental na conquista da Liga Europa pela equipe espanhola na temporada 2019/20.

Já em 2021/22, ele foi eleito o melhor jogador africano do Campeonato Espanhol, à frente de nomes como Aubameyang (à época no Barcelona), e Dia (senegalês que defendia o Villarreal). Naquela temporada, Bono sofreu apenas 24 gols em 31 jogos, o menos vazado da competição. Bono também foi o primeiro africano a vencer o Troféu Zamora, dedicado ao melhor goleiro da LaLiga.

Na Copa do Catar, veio a consagração de um goleiro já consolidado. Nas oitavas de final, após um empate zerado contra a Espanha, Bono defendeu as penalidades de Carlos Soler e Sergio Busquets.

"Pênaltis são uma mistura de instinto e sorte", disse ele à Fifa após a partida contra o Real Madrid, neste Mundial de Clubes. "Hoje, eu precisava ter sucesso. Às vezes, as coisas saem como planejado, às vezes não. Essa é a natureza do futebol".

A despedida da Andaluzia foi com mais um título da Liga Europa, em 2022/23. Após a conquista, a Uefa o elegeu para a seleção da competição. O goleiro, que havia custado 4 milhões de euros ao time espanhol, rendeu pouco mais de cinco vezes mais, conforme a proposta do Al-Hilal.

A equipe pela qual Bono mais jogou ainda é o Sevilla, com 142 partidas. No time saudita, já são 91 jogos. O marroquino se estabeleceu, desde a chegada, como dono da posição e já venceu o Campeonato Saudita, a Copa do Rei da Arábia Saudita e a Supercopa Saudita.

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