Economia

BC tira 'perigo' fiscal de balanço de riscos, que se mantém simétrico

Estadão Conteúdo
02/08/2023 às 19:28.
Atualizado em 02/08/2023 às 19:37

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) retirou as ameaças fiscais do balanço de riscos para a inflação na reunião desta quarta-feira, 2, em que iniciou o ciclo de corte de juros com uma redução da Selic de 0,50 ponto porcentual, de 13,75% para 13,50%.

Na reunião passada, em junho, o Copom tinha afirmado que ainda havia um risco "residual" em relação ao desenho final do novo arcabouço fiscal.

Além do movimento que deve ser bem-visto pelo governo, o BC também atualizou outras variáveis do balanço de riscos, que, por sua vez, continua simétrico. Agora, são dois riscos para cada lado - de alta ou de baixa da inflação. Entre os riscos de alta, o colegiado manteve uma maior persistência das pressões inflacionárias globais e acrescentou uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado.

Até junho, o Copom considerava como um risco a desancoragem de expectativas de inflação maior ou mais duradoura.

No lado de risco de inflação mais baixa, o BC manteve uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada, em particular em função de condições adversas no sistema financeiro global. Foram retirados riscos relacionados à queda maior de commodities ou de uma desaceleração do crédito no Brasil mais intensa do que o esperado. Por outro lado, o BC passou a considerar como risco baixista a chance de os impactos do aperto monetário sincronizado sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado.

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