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Abel pede paciência com Vitor Roque e ignora tabela: 'O importante é andar no G-4'

Estadão Conteúdo
04/05/2025 às 19:17.
Atualizado em 04/05/2025 às 19:24

Depois de deixar escapar o título nacional do ano passado, em parte pela maior regularidade do campeão Botafogo, o Palmeiras disputa ponto a ponto a liderança do Campeonato Brasileiro ainda nesta reta inicial. A vitória sobre o Vasco por 1 a 0, neste domingo, no estádio Mané Garrincha, levou o conjunto alviverde a 16 pontos em sete jogos, mas Abel Ferreira negou que a ponta da competição seja a meta imediata do clube.

"Não olho muito para a classificação, o objetivo agora é somar pontos", comentou o técnico palmeirense em entrevista coletiva após a partida disputada em Brasília. "É importante andar no G-4, no G-5 e estar ali nas últimas dez voltas, ou melhor, nos últimos dez jogos. Se estivermos ali, vamos disputar o título como fizemos nos últimos anos."

Para o treinador português, o nível de competitividade do Campeonato Brasileiro exige que o Palmeiras não se desgarre das primeiras posições na tabela. "O Brasileiro é muito competitivo, uma prova de regularidade. Na Libertadores estamos na fase de grupos, mas também queremos ter a melhor classificação possível", comentou.

Abel Ferreira exaltou a união dos atletas e pediu paciência com os jovens do elenco. Giay, 21 anos, foi decisivo ao afastar uma bola em cima da linha, enquanto Vitor Roque, que vinha sendo criticado pelo jejum de gols com a camisa alviverde, anotou o tento que valeu os três pontos ao conjunto paulista.

"Uma das funções do treinador é ajudar o jogador a evoluir. Se é verdade que alguns torcedores adoram o Palmeiras, outros não têm paciência. Vitor Roque é espetacular, humilde, ainda vai ajudar muito nos próximos 10, 15 anos. Vocês viram como o grupo prestigiou o gol dele, mas é preciso ter paciência e dar carinho, principalmente quando erram", afirmou Abel.

"Para chegar à excelência é preciso cobrar, exigir. Com jogadores como Giay, Vitor Roque e López é preciso ter paciência", acrescentou, cutucando os fãs mais imediatistas. "Ajudamos, educamos, ensinamos. Se eu faço o que a torcida manda, toda semana teremos que jogar 20 jogadores embora e o treinador também. Gosto do Palmeiras porque tem paciência e, consequentemente, dá confiança."

Abel Ferreira também defendeu Raphael Veiga, que atravessava má fase antes de machucar o ombro, no início de abril. O meia voltou a ser relacionado contra o Vasco, mas não entrou em campo. "O Veiga talvez tenha sido o jogador mais regular do futebol brasileiro nos últimos anos. Foi à seleção, foi o melhor jogador do Brasileiro, mas o Brasil não dá trégua a ninguém. Imagina a sorte que tenho de ter o Veiga no banco, é um capitão invisível. É o jogador que mais ajuda na adaptação dos mais jovens. E eu valorizo muito isso e por isso nunca o deixo sair", elogiou o comandante.

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