Cultura

Agente Secreto leva frevo para Cannes e tem estreia aplaudida

Agência Brasil
18/05/2025 às 19:00.
Atualizado em 18/05/2025 às 19:49

O longa-metragem O Agente Secreto, do cineasta Kleber Mendonça Filho, teve sua estreia mundial neste domingo (18), no 78º Festival de Cannes, na França. A produção, protagonizada por Wagner Moura, é uma das concorrentes à Palma de Ouro, principal prêmio do evento. A exibição foi acompanhada por uma celebração cultural brasileira e recebeu aplausos do público por aproximadamente 15 minutos.

O filme é uma coprodução entre Brasil, Alemanha, França e Holanda, e contou com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), vinculado à Agência Nacional do Cinema (Ancine), com apoio do Ministério da Cultura (MinC).

Notícias relacionadas:Filme brasileiro "O Agente Secreto" disputa Palma de Ouro, em Cannes.Mostra de cinema marca dia Nacional da Luta Antimanicomial no DF.A delegação brasileira foi composta por atores e membros da equipe técnica, como Gabriel Leone, Maria Fernanda Cândido, Juliana Paes, Barbara Paz, Isabel Zuaa, Caio Venâncio, a produtora Emilie Lesclaux e o próprio diretor. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, e a secretária do Audiovisual, Joelma Gonzaga, também participaram do evento.

A chegada da comitiva ao tapete vermelho foi marcada por uma apresentação de frevo pernambucano, reunindo orquestra e artistas que levaram a musicalidade brasileira às ruas de Cannes.

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Ainda na França, o Brasil promoveu a conferência “Com quem (co)produzir no Brasil?”, no âmbito do Marché du Film. O objetivo foi apresentar ao mercado internacional os diferentes perfis regionais do audiovisual brasileiro.

O encontro contou com representantes de entidades como a Associação de Produtores do Nordeste (APAN), a Conexão Audiovisual Centro-Oeste, Norte e Nordeste (CONNE), e a Fundação Cinema do Rio Grande do Sul (Fundacine).

Durante sua participação, a ministra Margareth Menezes destacou o papel estratégico da cultura nacional em eventos internacionais. 

“O Marché du Film traz o Brasil como país de honra. Isso representa uma oportunidade importante de valorização da nossa produção cultural. Estamos trabalhando para ampliar a inserção do audiovisual brasileiro no cenário global”, disse a ministra, de acordo com nota divulgada pelo ministério.

Kleber Mendonça Filho ressaltou a relevância do financiamento público para o setor cultural. “Fazer a cultura se expressar artisticamente faz parte do que uma nação significa. O Brasil tem uma vocação muito especial, reconhecida internacionalmente. É motivo de orgulho realizar esse filme com recursos públicos, tanto brasileiros quanto de outros países parceiros”, enfatizou. Diversidade

Outro destaque da programação foi o painel “Vozes da Maioria no Cinema: Os 54% Negros do Brasil Não Podem Esperar”, que discutiu a representatividade negra no audiovisual. A atividade reuniu artistas, produtores e entidades parceiras, como o Instituto Guimarães Rosa, ONU Mulheres, Instituto Nicho 54 e Projeto Paradiso.

Participaram da mesa a atriz e produtora Camila Pitanga, Robson Dias (Búzios Films), Bethânia Maia (Vaporosa Cultural) e o compositor Pedro Santiago, com mediação de Markus Thersio.

Camila Pitanga destacou a importância de um cinema mais plural. “Queremos ver um Brasil que reflita a diversidade de sua população, com espaço para vozes como as de Carolina Maria de Jesus e Luiz Gama. Esse é o cinema brasileiro que queremos construir”, ressaltou a atriz.

O painel reforçou a necessidade de políticas públicas que garantam equidade racial na cadeia produtiva e incentivem narrativas diversas no setor audiovisual.

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