No ano passado, as instituições de ensino e pesquisa de todo o País fizeram 493 depósitos; universidade de Campinas foi responsável por quase 16%
Milton Mori, diretor-executivo da Inova: meta é passar dos mil registros ( Divulgação)
O esforço da Agência de Inovação Inova da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em fomentar o empreendedorismo e desenvolvimento tecnológico gerou bons frutos no ano passado. A universidade bateu seu recorde histórico em depósito de patentes no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi) com 77 pedidos. No ano passado, as instituições de ensino e pesquisa de todo o País fizeram 493 depósitos. A Unicamp foi responsável por quase 16%. A expectativa da direção da agência é fechar 2015 ultrapassando mil registros entre solicitados e concedidos. Hoje, a Unicamp tem 935 patentes vigentes. Outra boa notícia é que os royalties pagos pelo setor privado pela transferência da tecnologia gerada pelas inovações dobraram no ano passado e atingiram R$ 1,11 milhão. A agência tem hoje 60 contratos de licenciamento que estão vigentes. A Inova prospectou 110 empresas para buscar parcerias. O trabalho resultou na assinatura de oito convênios de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e 11 licenciamentos de tecnologia. A Inova apresentou ontem um balanço mostrando a evolução dos pedidos de depósitos feitos pela universidade. Em 2013, a quantidade havia sido de 71 depósitos e no ano anterior tinha atingido um total de 74 pedidos. A agência intensificou o trabalho junto aos institutos e faculdades para mostrar aos pesquisadores e docentes a importância de buscar o registro da patente de uma invenção. O diretor-executivo da Inovação, Milton Mori, afirmou que, além das 77 solicitações de patentes junto ao Inpi, também foram solicitados 12 pedidos de patente via o Tratado de Cooperação de Patentes (PCT) e um pedido no Exterior. Houve ainda 103 comunicações de invenções. “Temos especialistas que fomentam o registro de patentes atuando diretamente em cada instituto e faculdade. Os frutos do trabalho estão sendo colhidos agora e no ano passado batemos o recorde de depósitos de patente da história da universidade. O marco é muito importante e a tendência é de que os pedidos continuem crescendo nos próximos anos”, celebrou.Mori salientou que a Unicamp vai completar 50 anos em 2016 e até o final deste ano deve chegar a mil patentes vigentes. “Os números mostram que estamos avançando na apresentação dos resultados gerados pela produção científica realizada dentro da Unicamp”, disse. SetoresOs segmentos que mais apresentam depósitos de patentes na Unicamp são saúde, energia, química e meio ambiente. A diretora de Propriedade Intelectual da Inova, Patrícia Leal, afirmou que busca mostrar para os pesquisadores e professores a necessidade de proteção das tecnologias geradas dentro da universidade. “A Inova faz todo o processo para o pedido de depósito. Fazemos uma análise rígida para garantir que os projetos possam conseguir a aprovação da patente no Inpi”, disse. A especialista explicou que a área de tecnologia da informação e softwares têm uma sistemática diferente. “Nós providenciamos o registro, que sai bem mais rápido do que a patente. Porém, se o programa for associado à invenção de um novo equipamento, nesse caso solicitamos o registro da patente”, comentou.