Diferentemente de Marcelo Veiga, novo treinador bugrino não cobra com gritos, mas elogia e conversa com os jogadores
Ademir Fonseca teve, nesta terça-feira (31), efetivamente, seu primeiro dia como técnico do Guarani. Após se apresentar à imprensa e aos jogadores na segunda-feira (30), o treinador comandou uma atividade tática com o elenco e começou a montar a equipe para o jogo de sábado (4) contra o Guaratinguetá. Com pouco tempo para trabalhar o time, ele manteve o esquema tático que vinha sendo utilizado pelo seu antecessor, mas mostrou no trato com o grupo algumas características distintas das de Marcelo Veiga. O time titular esteve desfalcado de várias peças. Além dos zagueiros Cris e Preto Costa e do meia Fumagalli, que vão cumprir suspensão, o volante Éder Silva também não foi a campo porque voltou a sentir dores na coxa. A boa notícia foi a presença do lateral-direito Oziel, que, apesar de usar uma proteção no antebraço, treinou normalmente. Fonseca orientou um trabalho apenas com os atletas de linha e sem a participação dos reservas. O objetivo era conduzir a bola desde a defesa até o momento da finalização. O time, sem o goleiro Neneca, foi formado no 4-2-3-1 com Oziel, Thiago Carpini, Guilherme e Bruno Pacheco; Coppetti, Cambará, Malaquias, Fernandinho e Adalgiso Pitbull; Nunes. Bastante participativo, o treinador parou constantemente as jogadas, mostrou em alguns casos o que fazer com a bola e, depois de um trabalho de posicionamento em bolas paradas, conversou individualmente com alguns atletas e elogiou os jogadores, principalmente o jovem zagueiro Guilherme. A postura foi bem diferente da exercida por Veiga, que tinha como costume cobrar bastante do grupo e, em alguns casos, com muitos xingamentos. Capitão bugrino, o meia Fumagalli falou sobre a chegada de Fonseca e do "chacoalhão" que o time pode receber com a mudança no comando. "Sempre que há uma mudança de comando, os jogadores, que poderiam estar desmotivados ou sem tanta oportunidade, se motivam. O Ademir é um cara agregador", analisou o jogador. "Deu pra sentir que o estilo dele é mais paizão. Ele cobra, mas dá moral também, trabalha com elogios e isso é importante." Para o meia, o Guarani tem tudo para reagir nas últimas seis rodadas da Série A2 e alcançar o acesso à elite do Campeonato Paulista. "A classificação é muito possível. Agora são seis decisões pela frente e o grupo todo está acreditando. O Ademir chegou passando essa confiança e vamos trabalhar forte para conseguir esse nosso objetivo."