SEM TORNOZELEIRAS

Acusados por morte de cinegrafista deixam prisão

Caio de Souza e Fábio Raposo deveriam ter sido soltos nesta quinta-feira mas ficaram retidos por falta de tornozeleiras eletrônicas. Ambos responderão pelo crime em liberdade. MP vai recorrer

Agência Estado
20/03/2015 às 15:17.
Atualizado em 24/04/2022 às 03:18

Caio de Souza e Fábio Raposo foram libertados nesta sexta-feira (20) do Complexo Penitenciário de Bangu, na zona Oeste, no Rio de Janeiro. Eles são acusados de acender e atirar o rojão que matou o cinegrafista da Band Santiago Andrade, em 6 de fevereiro de 2014, durante um protesto no centro do Rio, e vão responder ao crime em liberdade.Eles deveriam ter sido soltos nesta quinta-feira (19) mas não o foram porque não havia tornozeleiras eletrônicas de monitoramento para eles, por falta de pagamento à empresa que fornece os equipamentos pelo governo do Estado.Os dois saíram sem tornozeleiras. Terão que se recolher em casa aos fins de semana e à noite, não poderão participar de reuniões políticas nem manifestações, entre outras medidas judiciais. Souza e Raposo, ambos com 23 anos, não respondem mais por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, com uso de explosivo e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima), por decisão judicial divulgada na quarta-feira (18). O Ministério Público informou que iria recorrer.O secretário de Administração Penitenciária foi trocado por causa da crise das tornozeleiras, que reflete as dificuldades financeiras da pasta e do Estado de uma forma geral. O novo secretário, coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, disse que "vai tentar negociar com esse fornecedor para ver se ele nos adianta as tornozeleiras, e tentar diminuir as dívidas da secretaria".

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