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Acordo selado

Multa aplicada ao governo do Dr. Hélio deve ser dividida entre todas as legendas da coligação

Bruno Bacchetti
08/08/2016 às 22:56.
Atualizado em 22/04/2022 às 23:09

Dez partidos que fizeram parte da coligação de Hélio de Oliveira Santos (PDT) em 2008 entraram em acordo para pagar uma multa da Justiça Eleitoral por propaganda irregular, que totaliza pouco menos de R$ 200 mil. Em reunião realizada nesta segunda-feira (8), na sede do Democratas, ficou decidido que o valor seria dividido entre todas as legendas. A multa será paga em uma entrada de R$ 36,6 mil e 10 parcelas de R$ 14,4 mil. A dívida poderia impedir os partidos de lançarem seus candidatos se não fosse quitada. Rixa A coligação era composta por 12 partidos, mas o PMN e o PRP, que não possuem mais base em Campinas, não participarão do rateio. A dívida causou um desentendimento entre as legendas que compunham a coligação. No início do mês os partidos realizaram reunião para tratar do assunto, mas não chegaram a um acordo. O entendimento era que a dívida pertencia à coligação majoritária, formada pelo PDT de Hélio e PT do vice Demétrio Vilagra. FRASE "Pelo que conversei com o jurídico, acredito que a dívida não traria problema para a campanha, mas caldo de galinha e prudência não fazem mal." - Do presidente do Democratas de Campinas, Valter Aparecido Greve, sobre o acordo para o pagamento de multa eleitoral referente à campanha de 2008. Alívio A multa era uma dor de cabeça para o comando de vários partidos que compunham a coligação e tirava o sono dos presidentes das legendas. Entre os partidos envolvidos com a multa estão PMDB, PCdoB, PTB, DEM, PP e PPS, que hoje fazem parte da coligação do prefeito Jonas Donizette (PSB). De dar sono A pauta fraca da sessão desta segunda-feira (8) da Câmara de Campinas não atraiu o interesse da população e deixou o plenário praticamente vazio. As poucas cadeiras da plateia eram ocupadas por assessores ou pré-candidatos. Em determinado momento, apenas três vereadores estavam no plenário enquanto outro colega discursava na tribuna. Os discursos, aliás, têm sido utilizados pelos vereadores para exaltar conquistas para seus redutos, como asfalto ou pequenas obras viárias nos bairros. Uma espécie de “síndico do bairro”. Para todos Por falar na Câmara de Campinas, tem vereador que precisa ser avisado que foi eleito para atuar e legislar em toda a cidade. Na ânsia de fortalecer seus redutos eleitorais e mostrar serviços em determinadas regiões, acabam deixando de lado outras áreas da cidade nas quais não têm muitos votos. Blocão Quatro partidos surpreenderam e se uniram para lançar a maior coligação proporcional para as eleições de vereadores em Campinas: PRB, PMN, Solidariedade e PMB. A coligação intitulada “Campinas Maior” apoia a reeleição de Jonas Donizette e é composta por 35 homens e 15 mulheres. Aposta de risco Alguns vereadores, no entanto, ficaram surpresos com o bloco, que terá três vereadores disputando a reeleição. Jairson Canário e Cid Ferreira, ambos do Solidariedade, e Aurélio Cláudio, do PMB. A questão é que pelo quociente eleitoral, a expectativa é que a coligação consiga eleger somente dois vereadores. Portanto, há sério risco de pelo menos um dos parlamentares da coligação não conseguir ser reeleito em outubro. Festival de bizarrices Foi só o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo registrar as primeiras chapas de pré-candidatos a vereador de Campinas para surgirem os primeiros nomes e apelidos bizarros que estarão presente nas urnas no dia 2 de outubro. Tem de tudo na listagem, desde nome de bichos e apelidos curiosos até profissões e empresas onde os candidatos trabalham. A estratégia do candidato é chamar a atenção do eleitorado e ganhar fama de alguma forma, nem que seja através da piada e do deboche.

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