Memóravel

A voz que Campinas não esquece

17/10/2012 às 12:25.
Atualizado em 26/04/2022 às 20:21

Considerada “a menina da voz de ouro” e “rouxinol brasileira”, a soprano, pianista e professora de harpa e piano Eliphas Chinellato nasceu em 24 de abril de 1910, em Cordeirópolis, mas ainda menina veio morar em Campinas com os pais Pedro e Josefina.  Iniciou seus estudos no piano ainda muito jovem e diplomou-se pelo Conservatório Musical Carlos Gomes.

Os seus primeiros professores foram Esperanza Cavenago e Vitório Mariani. Formou-se em canto no ano de 1932, aperfeiçoando-se em 1944 no Instituto Musical de São Paulo.

Quem me dá informações sobre Eliphas é Joana, uma de suas irmãs.

No apartamento, no Centro, ela me recebe com fotos, textos e muita elegância. Com mais de 80 anos, tem a pele bonita, os olhos claros e uma simpatia cativante. Conta que eram em seis irmãos: Eliphas, Yolanda, Esmeralda, Mafalda, Arnaldo e ela, Joana.

O pai veio de Veneza e a mãe de Verona, na Itália. Tanto Esmeralda como Mafalda e Joana nasceram na Rua 13 de Maio, em Campinas, onde o pai tinha uma joalheria. Hoje, viúva pela segunda vez, Joana mora com a irmã Mafalda e as duas se dividem entre Campinas e Santos.

Rua

Eliphas Chinellato formou-se em canto orfeônico em 1944 no Instituto Musical de São Paulo. Especializou-se em fisiologia da voz em 1948 e foi convidada a lecionar essa matéria na Faculdade de Filosofia de Campinas, atual Pucc (Pontifícia Universidade Católica de Campinas). Autora de livros, entre eles Fisiologia da Voz, Eliphas casou-se em primeiras núpcias no ano de 1937 com Aristoteles Milla, com quem teve duas filhas: Eliphas, conhecida como Liphinha, e Antonia Maria. Casou-se novamente em 1960 com Francisco Villela. No Jardim Adhemar de Barros, em Campinas, há uma rua em sua homenagem chamada Eliphas Maria Chinellato Villela. A musicista morreu aos 80 anos e lecionou até o fim da vida.

APLAUSOS DA CRÍTICA

“Aprimorando mais ainda seus dotes vocais, Eliphas Chinellato deu-nos um programa belíssimo, cantando com muita clareza todo o teclado vocal, principalmente as notas agudas que atinge com facilidade, boa dicção e um colorido sóbrio e precioso originário de seu perfeito conhecimento musical.”

Crítica de José de Castro Mendes, publicada no Correio Popular em 24 de abril de 1946

“Eliphas é uma artista de voz perfeita, clara. É uma artista que tem alma, que vive dentro das peças das composições que interpreta.”

Diário de Notícias de Ribeirão Preto, em 25/12/1932

“Eliphas é realmente uma artista, uma cantora de elite. Sua voz é magnífica, firme, suave e melodiosa.”

Diário da Manhã de Ribeirão Preto, em 24/12/1932

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