Para o Taiti, é uma festa.
Para a Nigéria, a chance de protestar contra quem lhe negou o bicho prometido.
Para o Uruguai, é a oportunidade de ganhar um título e um pouco mais de confiança para lutar por uma vaga na Copa realmente importante, a de 2014.
Para a Espanha, campeã mundial e bicampeã da Euro, é a possibilidade de ser a campeã de tudo.
Para o Japão, é torneio de 15 dias no qual seus jogadores vão mostrar a tradicional vontade de crescer aprendendo. Sabe-se lá se também não vão ensinar alguma coisa a alguém.
Para o México, atual campeão olímpico, o sonho é repetir o feito de 1999.
Para a Itália, talvez seja apenas um torneio pouco interessante a atrapalhar merecidas férias.
Para o Brasil, a Copa das Confederações é uma régua.
Régua capaz de medir se o País está preparado para receber 32 seleções e milhões de torcedores do mundo todo daqui a um ano.
Régua capaz de medir se um período de treinos é o suficiente para que Felipão seja capaz de transformar os grandes jogadores que tem em mãos em um time bem organizado e competitivo.
A primeira reposta será avaliada fora de campo. Nos acessos às arenas e nas suas catracas, cadeiras, banheiros e bares, no transporte público, no trânsito, nos aeroportos e nos hotéis.
Será um teste bem leve, já que os torcedores da Copa das Confederações são quase todos brasileiros ou estrangeiros residentes. Muitos vão viajar de um estado a outro, mas nada que se compare com o que acontece em uma Copa do Mundo. É muito importante que problemas detectados agora sejam solucionados no futuro e que o governo e os comitês também fiquem atentos a todos os detalhes do evento para adotar medidas preventivas na Copa.
Dentro de campo, o trabalho de Felipão será colocado à prova. A vitória por 3 a 0 (que por sinal começou com uma grande ajuda da arbitragem) sobre uma desfalcada França não teve nada de espetacular. O Brasil apenas cumpriu o que se esperava dele já há algum tempo.
Hoje é diferente. Não vejo o Japão como candidato a uma vaga na semifinal, mas a cada ano aumenta o número de atletas japoneses em clubes importantes da Europa. Com isso, adquirem experiência e competitividade.
Com um técnico italiano, um meia-atacante do Manchester United, um defensor da Inter de Milão e vários atletas que atuam na Alemanha, o Japão não é um adversário qualquer.
O Brasil é favorito e tem obrigação de vencer em casa. De qualquer forma, começará a ter sua capacidade medida pela Copa das Confederações.