JOGO RÁPIDO

A Ponte precisa mandar em casa

Coluna publicada na edição de 18/1/19 do Correio Popular

Carlo Carcani Filho
18/01/2019 às 01:00.
Atualizado em 05/04/2022 às 09:49

A Ponte Preta abre a temporada amanhã à tarde, diante de sua torcida. Será o primeiro jogo do Paulistão 2019 e também a primeira apresentação da equipe no estádio Moisés Lucarelli. A Macaca vem de cinco vitórias seguidas em seu estádio (com oito gols marcados e apenas dois sofridos) e o retrospecto excelente contrasta com o desempenho da equipe em Campinas durante todo o ano de 2018. A Ponte Preta teve apenas a 12ª melhor campanha como mandante na Série B. E notem que isso aconteceu mesmo triunfos seguidos no final diante de Coritiba, Boa, São Bento, Figueirense e CRB. Antes dessa arrancada, a equipe tinha um desempenho sofrível no Majestoso, com três vitórias, seis empates e cinco derrotas. O saldo de gols era negativo (-1). Fica claro que os 11 tropeços nos 14 primeiros jogos em casa custaram caro para um time que não voltou ao Brasileirão por apenas um ponto. No Paulistão, não foi diferente. Com três empates e três derrotas, a Macaca foi a pior mandante do campeonato. Em virtude da incapacidade de vencer ao menos uma partida em casa, correu o risco de deixar a divisão que disputa de forma ininterrupta desde 2000. É possível alcançar objetivos tropeçando em casa, desde que se consiga um excepcional rendimento como visitante. É o caso do Avaí, que subiu para a Série A com apenas 29 pontos na Ressacada (um a menos do que a Ponte obteve em seu estádio). Para compensar, teve que ser o melhor visitante do campeonato, com 32 pontos. O Fortaleza, campeão com folga, somou ‘apenas’ 28 fora de casa. É ótimo pontuar em terreno inimigo, mas é evidente que o mais simples é mandar dentro da própria casa. Na primeira fase do Paulistão 2017, a Ponte Preta venceu três partidas em casa e perdeu apenas uma. Chegou à final graças a outras duas vitórias no Majestoso nos playoffs, contra Santos e Palmeiras. Ser forte em casa é essencial. O jogo contra o Oeste também marca a estreia de Mazola. O ano está só começando, o tempo de preparação foi mínimo e o elenco ainda não se conhece. Mesmo com todas essas limitações (muitas delas também afetam o adversário), Mazola precisa mostrar, logo de cara, que seu time será capaz de dar as cartas no Majestoso. A tendência é que o Oeste, como muitos outros, venha a Campinas para jogar fechado, à espera de um contra-ataque. Em 2018, só Kleina conseguiu se dar bem nesse cenário. Mazola precisa fazer o mesmo e uma vitória na estreia dará confiança para que ele alcance essa meta.

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