CARLO CARCANI

A Ponte precisa evoluir e errar menos

Carlo Carcani
28/05/2013 às 22:15.
Atualizado em 25/04/2022 às 14:15

A Ponte Preta visita o Flamengo nesta quarta-feira em busca de seus primeiros pontos no Campeonato Brasileiro. O futebol apresentado na estreia contra o São Paulo ficou abaixo da expectativa e, embora não haja motivo para desespero, é importante acumular pontos no início da competição.

O campeonato é duríssimo e por isso é muito ruim perder três pontos em casa. Na primeira rodada, seis mandantes venceram, três empataram e só a Macaca foi derrotada.

Para amenizar os efeitos da largada ruim, será importante pontuar em Juiz de Fora e São Paulo, contra os dois adversários que recebem a maior cota de TV do Brasileirão.

Missão bastante complicada, mas desafios semelhantes farão parte da rotina da Ponte Preta até dezembro. A Série A não tem moleza e é preciso não apenas se acostumar com isso, mas principalmente se preparar para a longa sequência de compromissos difíceis.

Nos últimos 12 jogos que disputou fora de casa no Brasileirão, a Macaca venceu apenas um, justamente diante de seu adversário desta quarta. A partida foi realizada em Volta Redonda, com apenas 2.627 pagantes, número ridículo para um clube como o Flamengo.

A Ponte venceu por 1 a 0 com gol de Uendel e, para repetir a dose nesta quarta, diante de um público bem maior, terá de aumentar seu grau de eficiência em vários aspectos do jogo.

O técnico Guto Ferreira atribuiu o segundo gol do São Paulo ao fato de Cicinho estar sendo atendido fora de campo no momento em que Silvinho foi derrubado por Sacoman dentro da grande área. Ele disse que o time errou ao não jogar a bola para fora para que o lateral pudesse voltar a campo e que, com isso, o São Paulo pegou o sistema defensivo desorganizado.

No segundo tempo, porém, a Ponte jogou durante mais de meia hora com um jogador a mais e foi incapaz de ao menos incomodar o Tricolor, que, mesmo com dez homens, conseguiu segurar a vantagem de 2 a 0 construída na etapa inicial.

Não se trata de exigir da Ponte um grau de eficiência compatível com a dos adversários que possuem orçamentos muito maiores. É uma questão de sobrevivência.

A verba de TV no futebol brasileiro é muito mal dividida, mas enquanto for assim é preciso se adaptar à realidade. Se a Ponte tiver duas chances claras de gol, precisa fazer pelo menos uma. Se um jogador saiu de campo para ser atendido por dois ou três minutos, a equipe não pode sofrer gol nesse período.

Os times grandes possuem vários jogadores de muita qualidade. Se o atacante não finalizar com capricho ou se deixar o zagueiro adversário subir sozinho na cobrança de escanteio, o preço será alto. Em quase todos os jogos será assim.

A Ponte precisa evoluir, buscar seus limites e não dar moleza para ninguém. Precisa ser assim nesta quarta, no sábado e nos 35 jogos restantes.

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