Depois da memorável vitória sobre o Vélez, resultado que a conduziu à semifinal da Copa Sul-Americana, a Ponte Preta fez duas atuações decepcionantes no Brasileirão. Matematicamente, as derrotas deixaram a Macaca muito próxima do rebaixamento à Série B. Moralmente, a queda já parece consumada. Afinal, o time aceitou os dois resultados que o tiraram da esperançosa 17ª colocação e o colocaram na desanimadora 19ª.A derrota desta quarta-feira foi ainda mais preocupante do que a de domingo. Os mais de 15 mil torcedores que foram ao Majestoso esperavam uma grande atuação diante do Vitória, mas viram o jogo ser definido pelos visitantes ainda no primeiro tempo. Mesmo assim, é preciso reconhecer que os baianos fizeram uma grande exibição. O time comandado por Ney Franco foi superior ao de Jorginho em todos os aspectos. Marcou muito bem, controlou o meio-de-campo e contra-atacou com muita eficiência. Resumindo, goleou fora de casa porque jogou muito bem.Nesta quarta foi diferente. O Goiás, apesar da excelente campanha, fez uma apresentação nota 6, no máximo. Seu maior mérito foi neutralizar as ações ofensivas (se é que podemos usar esse termo) da Ponte Preta com tranquilidade. Em termos de criatividade, porém, foi muito mal e em nenhum momento parecia ser uma equipe que estava chegando a sua nona apresentação consecutiva sem derrota.O jogo estava sonolento, fraco, com os dois times em um ritmo muito lento. De repente, o Goiás fez dois gols num intervalo de três minutos e resolveu a parada. A Ponte aceitou o resultado e manteve seu ritmo lento e inofensivo até o fim. Para piorar a situação, o Criciúma ganhou em casa do vice-líder do campeonato e chegou a 39 pontos, cinco a mais do que a Macaca. O Fluminense, apesar da péssima fase, é favoritíssimo contra o lanterna Náutico. Se ganhar nesta quinta-feira, também saltará para 39 pontos. Com apenas 34 e somente quatro rodadas pela frente, a Ponte chegou à reta final na terrível situação de ter que vencer, vencer, torcer e torcer. Tomara que pelo menos na semifinal com o São Paulo o time entre em campo com o espírito que a torcida gostaria de ter visto contra Vitória e Goiás.Para finalizar a coluna, um parágrafo sobre o Cruzeiro, o novo campeão brasileiro. A campanha foi impecável. Em apenas 34 jogos, já marcou 72 gols, marca da qual os campeões das oito edições anteriores (com 38 rodadas) sequer se aproximaram. Em 2012, por exemplo, o Fluminense foi campeão com 61 gols. Em 2011, o Corinthians fez 53. A Raposa sobrou no Brasileirão em um ano memorável do futebol mineiro, que também ganhou a Libertadores com o Atlético.