JOGO RÁPIDO

A obrigação de Tite

Coluna publicada na edição de 27/6/19 do Correio Popular

Carlo Carcani Filho
ccarcani@gmail.com
27/06/2019 às 01:00.
Atualizado em 30/03/2022 às 23:45

A Seleção Brasileira abre as quartas de final da Copa América hoje na condição de favorita. O time vem de sua melhor apresentação na competição, com uma incontestável goleada por 5 a 0 sobre o Peru. O Paraguai estava de malas prontas, mas foi beneficiado pelo empate entre Equador e Japão e se classificou, mesmo somando apenas dois pontos na primeira fase. Dos 39 jogos de Tite à frente da Seleção, apenas um foi contra o Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa da Rússia. Em casa, o Brasil fez 3 a 0, gols de Coutinho, Neymar e Marcelo. Nesse jogo, o Brasil finalizou 23 vezes. Os paraguaios concluíram duas jogadas, ambas para fora. Tudo aponta para uma vitória tranquila do Brasil, que joga em casa e é superior ao adversário em todos os setores. O cenário é bem parecido com o das quartas de final da Copa América de 2015. O campo era neutro (aquela edição foi realizada no Chile), mas o Brasil era favorito. Avançou como primeiro colocado de sua chave e o Paraguai ficou em segundo no seu grupo. Depois que Robinho fez 1 a 0, com apenas 14 minutos de jogo, a torcida já começou a pensar na semifinal com a Argentina. Mas o time de Dunga cedeu o empate no final e foi derrotado nos pênaltis. Pior do que isso, só mesmo a eliminação na Copa América de 2011, na Argentina. Brasil e Paraguai caíram no mesmo grupo. Invicto, o time dirigido por Mano Menezes avançou como primeiro colocado. O Paraguai empatou todos seus jogos e ficou em terceiro, atrás da Venezuela. Nas quartas, o Brasil dominou o adversário durante 120 minutos, mas não conseguiu superar o goleiro Villar, o melhor jogador da partida. Nos pênaltis, a Seleção Brasileira passou vergonha. Elano, Thiago Silva, André Santos e Fred erraram suas cobranças e o Paraguai — que também perdeu dois pênaltis — venceu pelo ridículo placar de 2 a 0. As derrotas em situações semelhantes para o Paraguai em duas das últimas três edições do torneio não diminuem em nada o favoritismo do Brasil na Arena do Grêmio. O argentino Eduardo Berizzo comanda o Paraguai hoje pela 8ª vez. Nos sete primeiros jogos, venceu apenas um. Nada indica que seja capaz de repetir os feitos de seus antecessores em 2011 e 2015. Mas, caso conquiste a vaga, talvez nem mesmo o excepcional retrospecto de Tite (31 vitórias, seis empates e duas derrotas) seja capaz de mantê-lo no cargo. O treinador sabe que precisa transformar o favoritismo em vitória convincente. Chegar à semifinal — coisa que o Brasil não conseguiu nas últimas três edições — é uma obrigação que ele não pode deixar de cumprir.

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