Em sua primeira entrevista como treinador da Ponte Preta, Jorginho mostrou que tem consciência do trabalho que vem pela frente. Mais de uma vez, ele falou que o único objetivo da Ponte Preta é subir. Não existe outra meta, reconhece Jorginho. Ele tem razão. Ao mesmo tempo, ele falou, mais de uma vez, que terá de trabalhar com um orçamento menor do que o do Campeonato Paulista, no qual a Macaca terminou em 10º lugar. Orçamento menor não é sinônimo de fracasso. No Brasileirão de 2009, o Avaí tinha uma folha de R$ 600 mil, a menor da competição. Mas terminou em 6º lugar e conquistou uma vaga na Sul-Americana. Fez 8 pontos a mais do que o Santos, que gastava R$ 500 mil só com o treinador. É uma pena que a Ponte tenha gastado mais no Paulistão do que planeja gastar na Série B. Isso é incoerente. Dá pra ficar em 10º gastando menos no Paulistão. Na Série B, ficar em 5º será sinônimo de fracasso. O investimento deveria ser maior. Mas, pelo menos a princípio, não será. E Jorginho terá que trabalhar com o que lhe oferecerem. Seu desafio será repetir o sucesso do Avaí. E fazer, com o orçamento disponível, uma campanha compatível com o que se espera de um clube que anuncia, ano após ano, que a prioridade é o acesso.