O negacionismo que prevalece no governo de Jair Bolsonaro impediu ao Brasil contar com médica qualificada no comando do Ministério da Saúde e das operações de combate à pandemia. As crendices que minaram todo trabalho até agora levaram a cardiologista Ludhmila Hajjar a não aceitar o convite de Bolsonaro, após três horas de diálogo no Palácio da Alvorada. Ao final, a fumaça não saiu da chaminé. Saiu um novo ministro, o também cardiologista Marcelo Queiroga.
Triste e macabro vaticínio
Notável a postura da cardiologista Ludhmila Hajjar, que se recusou assumir o Ministério da Saúde. Sua alegação de que trabalha com base na ciência foi postura corajosa diante do negacionismo e da inoperância das esferas federais. Ao contrário de Eduardo Pazuello, a médica defende o isolamento e entende que o Brasil precisa de leitos de UTI e vacinação em massa. Seu alerta é avassalador: “Chegaremos a 600 mil mortos em breve”.
"Eu recebi ataques. Tentativas de invasão do hotel. Atendo a pessoas da esquerda e da direita", Ludhmila Hajjar, médica cardiologista.
CLOROQUINA x VACINA
Mais do que perder a chance de recuperar tempo perdido no combate à covid-19, Jair Bolsonaro deixou de contar com ganhos políticos inestimáveis, como base de apoio, ao não aceitar uma visão médico-científica no Ministério da Saúde.
CLOROQUINA x VACINA 2
O nome de Ludhmila Hajjar contou com a indicação e o aval de inúmeros parlamentares e de membros do STF, por seu reconhecido trabalho. Com ela, Bolsonaro passaria a ter sustentação do Congresso e dos ministros para as ações e operações contra a pandemia. Sem ela, só lhe restou a Cloroquina...
TUCANO NO TOPO
João Doria fechou o circuito e ganhou o comando da Assembleia Legislativa de São Paulo. Conseguiu ontem o apoio da maioria da Casa - 65 dos 94 deputados - para eleger seu novo presidente, o deputado Carlão Pignatari, do partido dos tucanos.
TUCANO NO TOPO 2
Líder do governo estadual na Assembleia nos últimos dois anos, Pignatari é parlamentar da confiança de Doria e garantia para a aprovação dos projetos do governo.
A RMC EM DESTAQUE
Pignatari substitui o deputado Cauê Macris, da Região Metropolitana de Campinas, que comandou a Assembleia Legislativa por quatro anos, e agora é cotado para assumir secretaria no governo Doria. Macris, eleito por Americana, tem seu nome cotado para vice-governador na chapa tucana em 2022.
FECHADO PARA BALANÇO
Ante o decreto do prefeito Dário Saadi, publicado no Diário Oficial extra, de sábado, a Câmara Municipal de Campinas restringiu ainda mais o acesso de pessoas aos seus recintos. Será priorizado até o final do mês o teletrabalho nos gabinetes e setores administrativos, bem como as sessões remotas.
ATENÇÃO À MULHER
Paulo Bufalo, vereador do PSOL de Campinas, articula com o deputado federal Ivan Valente emenda parlamentar visando a garantir verba de R$ 1,2 milhão ao Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, da Unicamp.
PRESERVAÇÃO
O vice-prefeito Wanderley de Almeida e a secretária de cultura, Sandra Ciocci, estarão presentes nesta quinta-feira na Câmara Municipal para a audiência da Comissão de Cultura sobre o prédio da Lidgerwood.
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Paulo Bufalo, presidente da Comissão, e Gustavo Petta, além de outros vereadores iniciam luta pela presetvação do patrimônio histórico.