CARLO CARCANI

A hora de pontuar

Carlo Carcani
25/05/2013 às 22:01.
Atualizado em 25/04/2022 às 14:33

O desempenho da Ponte Preta no 1º turno do Brasileirão 2012 foi bem parecido com o do 2º. Na primeira metade do campeonato, a equipe conquistou 23 pontos. Na metade final, conseguiu 25.

A largada da Macaca, então dirigida por Gilson Kleina, não foi empolgante. Perdeu na estreia, empatou as três seguintes e só veio a conquistar o primeiro triunfo na 5ª rodada: 1 a 0 sobre o Corinthians, no Majestoso. Foram seis pontos somados nos cinco primeiros desafios. Não foi um desastre e, pela dificuldade da competição, é até um aproveitamento aceitável.

Nas cinco rodadas finais, já sob comando de Guto Ferreira, a equipe somou apenas cinco pontos, com duas derrotas, dois empates e uma vitória sobre a Portuguesa, também por 1 a 0.

Na reta de chegada, portanto, a equipe conseguiu em média 1 ponto por partida. É um aproveitamento inferior ao que uma equipe precisa obter para se manter na divisão, mas a pequena queda de rendimento foi normal, já que o time ainda estava começando a conhecer a nova comissão técnica.

Além disso, os jogos finais tendem a ser mais difíceis, principalmente se o adversário precisa desesperadamente de um bom resultado para escapar do rebaixamento ou conseguir uma vaga na Libertadores, por exemplo.

Para se recuperar da largada mediana, a Macaca deu uma arrancada nos quatro jogos seguintes, com três vitórias e apenas uma derrota. É muito difícil, inclusive para os favoritos ao título, vencer três partidas em um intervalo tão pequeno do Brasileirão.

Em 2012 deu tudo certo, mas o ideal é obter uma largada melhor para que a Ponte não se veja pressionada a vencer partidas seguidas para se posicionar bem na tabela.

Não que seja fácil pontuar no início de campeonato, ainda mais para quem vai pegar São Paulo, Flamengo e Corinthians logo de cara. Mas a hora de somar alguns pontos a mais é agora, enquanto as preocupações são outras.

Os times ainda estão se ajustando, procurando reforços no mercado, fazendo ajustes aqui e ali. Não existe aquela necessidade de vencer para entrar no G4, de pelo menos empatar para ficar fora do Z4, de vencer a qualquer preço para vencer um jogo de “seis pontos” contra um concorrente direto.

Por enquanto, o assunto é o final da Champions, a escolha do Neymar, a briga de Luis Fabiano com Juvenal, a volta de Robinho e, principalmente, a Copa das Confederações.

A Ponte tem um dos menores orçamentos do campeonato e por isso precisa ser melhor do que os concorrentes mais abastados em vários aspectos.

Fazer uma boa poupança de pontos agora será muito útil lá na frente, independentemente da qualidade da campanha. Para sonhar com a Libertadores, é preciso ser regular do início ao fim. Para não ter pesadelos, também é fundamental arrancar bem.

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