A gente não quer só comida

Foto: Divulgação e Cedoc/RAC Bacalhau à moda da casa, do Eden Bar e Restaurante O que você leva em consideração na hora de escolher onde vai comer? O profissional no comando da cozinha, as especialidades da casa, a faixa de preço e a existência de um espaço dedicado às crianças estão entre os critérios que pesam na opção por esse ou aquele restaurante. Mas, e a vizinhança? As atrações históricas, culturais e naturais existentes nas redondezas também têm valor na decisão? Para muita gente, sim. Afinal, sair para comer não precisa ser apenas sinônimo de sentar-se à mesa, saborear o que for servido, pagar a conta e ir embora. Combinar a refeição com passeio é uma boa pedida para os finais de semana. Pensando nisso, listamos algumas sugestões para quem quer mais do que comida. Rodando pelo Centro Onde comer Eden Bar Fundado em 1889, o restaurante funciona no mesmo prédio, no coração de Campinas. O principal atrativo é o bufê por quilo, com mais de 80 opções de pratos frios e quentes no almoço e no jantar. Todos os dias é oferecida uma receita de bacalhau, herança do português que foi proprietário da casa. Novos pratos são frequentemente incluídos no cardápio e tem, ainda, menu à la carte. À noite, as opções incluem sopas, caldos, pizzas e lanches, além de sobremesas como a famosa Manezinho Araújo (banana flambada, creme chinês, suspiro e canela). Papai Salim Especializado em comida árabe, o restaurante inaugurado em 1977 tem como carros-chefes os quibes e as esfirras. Os charutos de uva e de repolho e a cafta também agradam bastante aos frequentadores. Para os que não comem carne, boas pedidas são a esfirra de escarola e a opção que combina patês e salada: babaganuch (patê de berinjela com molho de gergelim), homos (patê de grão-de-bico com molho de gergelim) e tabule (salada de trigo com salsa, cebolinha, tomate e especiarias árabes). Foto: Divulgação Kibe cru, do Papai Salim Onde passear O roteiro pela região central inclui o Largo do Rosário, construído em 1817 e tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas (Condepacc) desde 1996. A uma quadra dali fica a Praça Antônio Pompeo, onde estão o monumento-túmulo de Carlos Gomes, obra do escultor Rodolfo Bernadelli, e o monumento a Bento Quirino, do escultor Zeni. Foto: Cedoc/RAC Largo do Rosário Também na praça fica o prédio do Jockey Club, inaugurado em 1925 para ser a sede do antigo Clube Campineiro. O edifício, em estilo arquitetônico eclético, mescla características art noveau e elementos neo-renascentistas. Até a década de 1970, o Jockey viveu um período importante, com festas e recitais de piano e canto. Em 1994, o sobrado do prédio foi tombado pelo Condepacc. Pelas redondezas fica o Largo do Carmo, onde foi erguida a Basílica do Carmo. O lugar é considerado o marco oficial da inauguração da cidade. Foto: Cedoc/RAC Basílica do Carmo Foto: Cedoc/RAC Jockey Club   Foto: Cedoc/RAC Praça Antonio Pompeo E ali no Cambuí...Quem gosta de bater perna, mas precisa de um rumo para o passeio, pode recorrer ao Cambuí Walking Tour, idealizado por um grupo de empreendedores. Trata-se de um mapa com indicações de estabelecimentos gastronômicos, de entretenimento e de outros setores, que podem ser visitados durante uma caminhada pelas ruas planas e arborizadas do bairro. Também há marcações de pontos de interesse histórico, religioso e cultural. Entre os locais destacados no mapa estão o Centro de Convivência Cultural, a Igreja de Nossa Senhora das Dores e a feira livre. Uma voltinha pelos distritos Onde comer Ca’ Di Mattone Foto: Divulgação Spaguetti al Mare, do Ca' Di Mattone A casa pratica a autêntica cucina italiana e tem no menu massas (feitas artesanalmente no restaurante), carnes, risotos e entradas, como o mix de prosciutto, mozarela de búfala, tomate seco, abobrinha, berinjela e parmesão. Entre as especialidades estão o Spaghetti Al Mare (espaguete com camarão, lula, vôngole, marisco, tomate concassé, alho, salsão e azeite), o Filé-mignon com Camembert (filé-mignon ao molho roti, camembert e champignon, com linguini e funghi) e Mezzaluna (massa recheada com brie e pistache, molho branco, creme de goiaba e parmesão). A carta de vinhos lista rótulos nacionais e importados. Outro atrativo? O prédio do restaurante, construído em 1880 para abrigar o Palácio das Indústrias. Revestido de tijolinhos à vista, foi tombado como patrimônio histórico. Fogão Mineiro O distrito de Sousas sedia a primeira casa da rede, inaugurada em 2004. Especializado em comida mineira, o restaurante trabalha com bufê self-service e no sistema à la carte – neste último, os mais pedidos são o Tutu de feijão e o Feijão tropeiro. A caipirinha de rúcula e o Abadejo à Moda da Casa são as novidades do cardápio. Verdadeiro ponto de encontro de famílias e amigos, o Fogão Mineiro costuma receber músicos que animam os clientes com clássicos da moda de viola. Além da unidade de Sousas, a rede tem restaurantes no Parque D. Pedro Shopping, no Campinas Shopping, no Shopping Iguatemi Campinas e no Shopping Parque das Bandeiras.  Onde passear Foto: Cedoc/RAC Ponte sobre o Rio Atibaia, onde os casais colocam cadeados em busca do amor eterno Os distritos de Sousas e de Joaquim Egídio preservam a clima bucólico do Interior, um convite a dar uma pausa na correria para ver a vida passar devagar. Caminhar pelas ruas de paralelepípedos e observar os casarões históricos é um bom programa para o final de semana. Para quem gosta de artesanato, pedida bacana é visitar a feira Vila das Artes, realizada no primeiro domingo de cada mês na Praça Beira Rio, em Sousas. O Parque Linear Ribeirão das Cabras, que liga o Centro de Sousas à Estação Ambiental de Joaquim Egídio, é usado para caminhadas. Foto: Cedoc/RAC Feira Vila das Artes, na Praça Beira Rio Os distritos também oferecem opções de turismo rural e de aventura. Ainda em Joaquim, o Observatório Municipal Jean Nicolini tem atividades para os ligados em astronomia. Também vale ficar atento à programação de restaurantes, bares, ateliês e espaços culturais.   Foto: Cedoc/RAC Estação Ambiental de Joaquim Egídio       Foto: Cedoc/RAC Casarões antigos preservam o clima de vila interiorana                             Saindo pela região Onde comer Bar da Praia Foto: Divulgação Camarão na moranga, do Bar da Praia Muitas plantas, cascatas, madeiras centenárias e referências litorâneas compõem a decoração do descolado Bar da Praia, em Jaguariúna. Inaugurado em 1988, o estabelecimento destaca no cardápio os pratos com peixes e frutos do mar. Caso do Camarão na moranga, servido com arroz e fritas; e da casquinha de siri, uma boa para abrir o apetite. Na cozinha aberta com fogão a lenha existem opções também para os carnívoros, como medalhões de filé-mignon e t-bone de angus prime. Para bebericar, há coquetéis diversos, sendo o de kiwi o mais pedido. O restaurante oferece o serviço de cozinha sem intervalo. Funciona de terça a sábado, das 11h30 às 23h30, e aos domingos e feriados, das 11h30 às 16h30, sem pausa. Onde passear Foto: Cedoc/RAC Locomotiva que faz o trecho Campinas-Jaguariúna Um passeio indicado para a família toda é percorrer o trecho Campinas-Jaguariúna de Maria-Fumaça, passando pelo antigo leito ferroviário da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro. A partida é da Estação Carlos Gomes, em Campinas. A cidade de Jaguariún ainda tem praças, parques, pesqueiros e locais que oferecem atividades de turismo rural. VILA GASTRONÔMICAUm novo conceito de feira gastronômica está chegando à cidade. A partir de 20 de junho, aos finais de semana e feriados, um terreno de 8 mil metros quadrados em Barão Geraldo vai sediar o Villa Gourmet. Doze contêineres marítimos novos, fabricados para o evento, irão oferecer variadas opções de comes e bebes. Um outro contêiner frigorífico servirá para apoiar os cozinheiros e gelar as cervejas gourmet.Para garantir a diversidade, em cada final de semana, haverá um rodízio de cozinheiros. Na primeira semana estão confirmados Luciano Antonello, André Vanini, Fabiana Levy, Fabiano Suzuki, Helton Pereira, Gulia Figueiredo, Leonardo Brégula, Luigi Labigalini, Restaurante La Salamandra, Peco Nogueira, Pedro Jannu, Everaldo Molina Gil, Rosana Lourenço e Tatiana Braga. A organização convidará chefs renomados para ocupar um contêiner ou ministrar workshops e palestras. A proposta é que os visitantes caminhem pelo espaço, que tem área verde, orientados por um guia. Não haverá dinheiro em espécie circulando entre os contêineres, mas uma moeda própria adquirida em quatro pontos de venda. A página do Villa Gourmet na internet possibilita que o público faça a compra antecipada de comidas e bebidas. Anote aí! O que: Villa Gourmet CampinasOnde: Rua Carlos Meneghetti, 486, Barão GeraldoQuando: a partir de 20/6Horário: finais de semana e feriados, das 11h às 20h Preço: entrada francaSite: www.villagourmet.net.br