EDITORIAL

A disputa pelo poder e o interesse maior

07/08/2013 às 10:56.
Atualizado em 25/04/2022 às 06:16

Campinas se prepara para inaugurar um novo período intenso em sua vida política, quando finalmente os assuntos de maior importância chegam à pauta do Legislativo para testar o grau de afinidade do governo de Jonas Donizette (PSB) com a base de vereadores. Assuntos polêmicos estão na ordem do dia das próximas sessões de um período que deverá ser marcante para as realizações no segundo semestre deste primeiro ano de mandato.Na primeira sessão realizada na segunda-feira, o clima de ânimos acirrados sinalizou para um momento de tensão entre os poderes, com evidências de que a base aliada do prefeito pode estar enveredando por uma postura de discordância. Não são poucos os sinais de que a aprovação de matérias no Legislativo deverá passar por um extenso caminho de negociações, exigindo da Administração um tino político que lhe garanta tranquilidade para dar seguimento aos projetos aguardados.As dissenções políticas têm seu espaço na composição dos poderes, e é saudável que assim seja, para que todas as representações tenham voz e possam ocupar espaços determinantes na organização institucional. O perigo é quando o fisiologismo e os acordos se prestam a acomodar interesses eleitorais, deixando para trás a finalidade maior, que é atender os compromissos com a sociedade e o município.Campinas entra em uma fase de recuperação, e para isso é importante que os poderes Executivo e Legislativo deem mostra de altivez, soberania e desapego, equilibrando forças e intenções. Assuntos importantes e decisivos estarão na pauta das próximas reuniões e não podem estar submetidas a conjunções partidárias ou acomodações de grupos, porque acima de tudo está o interesse maior da cidade. É preciso que se tenha uma atitude técnica, de confronto quando necessário, mas propositiva.As manifestações de rua do mês de junho mostram uma sociedade impaciente, inconformada e atenta, disposta a cobrar caro pelo seu voto através de reivindicações que passam pela moralização do setor público, pelo ajuste da boa política e pelas iniciativas de competência. Quem destoar deste discurso estará incorrendo em grave erro, especialmente se contar com a folclórica falta de memória do eleitorado, pela omissão da população e pela impunidade que tende a ser conto do passado, ao menos no julgamento das urnas.

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