CURIOSIDADES

8 coisas que você não sabia sobre a gastronomia japonesa

Patrimônio imaterial da humanidade, culinária do país faz sucesso no Brasil

Eric Rocha
24/02/2015 às 20:44.
Atualizado em 24/04/2022 às 00:26

Foi-se o tempo em que o avanço da gastronomia japonesa era avaliada com base na comparação entre o número de restaurantes deste tipo e as churrascarias, por exemplo. As temakerias e lugares que servem comida japonesa caíram com tudo no gosto dos brasileiros e hoje é quase impossível não esbarrar em um desses estabelecimentos, principalmente nos grandes centros.   De iguaria cara ao fast food, o fato é que há diversas curiosidades que envolvem essa culinária, considerada patrimônio imaterial da humanidade pela Unesco. Os pontos da lista a seguir foram elencados pelo professor de gastronomia oriental da Universidade São Francisco (USF), Fabiano Suzuki.   --   1) A criação de salmão em cativeiro no Chile, que começou há cerca de 20 anos, é uma das grandes responsáveis pela popularização da gastronomia japonesa. O preço do quilo do peixe foi barateado em quase dez vezes. Hoje o salmão de cativeiro custa por volta de R$ 30, contra os R$ 300 pagos pelo peixe retirado de países de água fria.     2) O restaurantes japoneses surgiram como algo caro e tradicional, popularizaram-se com os rodízios e agora caminham para um retorno às origens. Isso é considerado uma tendência entre os especialistas, diante de um quadro atual onde a comida japonesa ganhou ares de fast-food. "Vai ficar o popular, mas terá algo diferencial, mais tradicional e gourmet", afirma Suzuki.     3) O shoyu utilizado na maioria dos restaurantes brasileiros nem de longe parece o molho utilizado no Japão. O produto por lá é mais bem trabalhado, respeitando a fermentação mínima de um ano. O molho brasileiro perde em qualidade por causa da produção industrial em larga escala.     4) O brasileiro insiste em usar demais o shoyu, uma verdadeira bomba de sódio que é prejudicial à saúde, se consumido em grande quantidade. Por causa disso, muitos sushis no Japão já vem pincelados com o molho ou com a indicação do chef da quantidade correta. Além de ser mais saudável, também garante o sabor real da refeição.      5) Já reparou que o arroz utilizado nos pratos japoneses é adocicado? Isso acontece aqui no Brasil porque se utiliza mais o molho base (açúcar, vinagre de arroz, sal, saquê e outros ingredientes) do que no Japão. No oriente, o arroz é feito com menos molho, e assim, fica mais azedo.     6) A raiz forte (wasabi) geralmente é adorada ou odiada por quem aprecia a comida japonesa no Brasil. Por causa dessa relação de amor e ódio, 99% dos restaurante opta por deixá-la fora da preparação das receitas, disponível apenas no prato. No Japão, um sushi é preparado já com a raiz.    7) Os restaurantes tradicionais japoneses perderam espaço por causa da invasão dos rodízios. No entanto, se você for em algum local "clássico", não se assuste. É tradição no Japão que todos os funcionários parem e gritem "irashai mase", que significa bem-vindo. E não precisa saber japonês para responder: basta ficar em silêncio e seguir para a mesa...     8) Restaurante japonês e brindar falando "tim-tim" não combinam! Na verdade, é uma ofensa: a tradicional fala, em japonês, significa o órgão sexual masculino!  

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