QUAL SERÁ A BRONCA?

Ataque armado em baile funk deixa um morto e três feridos

Festa clandestina rolava solta em Paulínia quando um homem invadiu o espaço e atirou na massa

Alenita Ramirez/ [email protected]
23/04/2024 às 09:13.
Atualizado em 23/04/2024 às 09:13
Chácara em Paulínia alugada pelos organizadores do baile funk clandestino, chamado "Social Delas", onde ocorreu o ataque armado (Divulgação)

Chácara em Paulínia alugada pelos organizadores do baile funk clandestino, chamado "Social Delas", onde ocorreu o ataque armado (Divulgação)

Um baile funk clandestino terminou em tragédia na madrugada de domingo (21), em uma chácara localizada no bairro Saltinho, em Paulínia. Um homem invadiu o local armado e, por motivos ainda desconhecidos, disparou contra os presentes. Quatro jovens foram baleados; um deles, de 19 anos, morreu no local. Os outros três foram socorridos e dois deles permanecem internados após cirurgias. O carro usado pelo atirador foi localizado pela Guarda Municipal e apreendido horas depois, no bairro Vida Nova. Na manhã de segunda-feira (22), a Polícia Civil realizou buscas para localizar o suspeito.

A polícia investiga a relação das vítimas com o atirador e o motivo que o levou a invadir a chácara e atirar contra os frequentadores. Testemunhas relataram que o criminoso estava acompanhado por um cúmplice e que havia cerca de 300 pessoas no evento. O delegado responsável pelo caso, Roney de Carvalho Barbosa Lima, afirmou que há uma linha de investigação, mas preferiu não divulgar detalhes.

A vítima fatal foi Elielton Camilo Barbosa, de 19 anos. A família optou por não comentar o caso. O enterro foi realizado na tarde de segunda-feira (22), no Cemitério Parque das Palmeiras. Antes de ser baleado, Barbosa chegou a gravar um vídeo durante a festa.

Frequentadores da festa relataram à EPTV Campinas que, após os primeiros tiros, houve pânico e tumulto, com pessoas correndo e algumas tropeçando e caindo. Segundo relatos, a confusão teria sido causada por questões relacionadas a drogas.

A chácara foi alugada para a realização do baile funk, chamado "Social Delas". A reportagem apurou que o local pertence a uma empresária que o aluga para diferentes tipos de eventos, especialmente encontros familiares. Por ser uma festa clandestina, o local do evento não havia sido divulgado antecipadamente pela organização.

Uma das vítimas baleadas foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital Municipal de Paulínia, enquanto outras duas pessoas foram atendidas por amigos. Segundo o Hospital Municipal, dois feridos passaram por cirurgias e permaneciam estáveis até a tarde de segunda-feira (22). O terceiro foi liberado.

Tiago Lucas Santos, de 24 anos, foi o terceiro sobrevivente do tiroteio. Ele relatou à EPTV que ficou com estilhaços de bala no corpo e quase perdeu o movimento de uma perna. "Quando a confusão começou atrás de mim, me afastei um pouco e ouvi um barulho que pensei ser uma bomba, não uma arma, porque estava em uma festa. Meu ouvido ficou zunindo", disse Santos à EPTV.

A Polícia Militar atendeu a ocorrência, mas foi a Guarda Municipal que localizou o veículo usado na ação. O carro, com placas de Sumaré, foi encontrado abandonado em uma rua do bairro Vida Nova, contendo documentos de uma pessoa que está sendo investigada pela polícia. O veículo estava quente e não havia registro de crime. De acordo com o inspetor da GM, Herycon França de Oliveira, o jovem baleado nas costas percebeu o ferimento apenas quando caiu e não conseguiu se levantar. Ao passar a mão nas costas, sentiu sangue e percebeu que havia sido ferido. Ele foi resgatado por amigos e levado ao hospital.

"Foi um milagre de Deus. Tive uma segunda chance. Graças a Deus estou me recuperando. Meus pêsames para a família do jovem que morreu", disse o sobrevivente à EPTV.

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