VÍRUS INFLUENZA

Campinas confirma primeira morte por gripe de 2024

No ano passado, a cidade registrou 12 óbitos; vacina está disponível nos 68 centros de saúde

Da Redação
17/04/2024 às 08:59.
Atualizado em 17/04/2024 às 08:59
Prefeitura quer atingir a meta de 90% de vacinação nos grupos prioritários; até o momento, 23% dos idosos receberam o imunizante (Alessandro Torres)

Prefeitura quer atingir a meta de 90% de vacinação nos grupos prioritários; até o momento, 23% dos idosos receberam o imunizante (Alessandro Torres)

A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou na terça-feira (16) a primeira morte provocada pelo vírus Influenza em 2024. Um homem de 48 anos, que tinha insuficiência respiratória crônica e dependência de oxigenoterapia, teve óbito confirmado em 24 de março. No ano passado, foram 12 mortes por gripe em 2023, três delas no primeiro trimestre.

Diante do ocorrido, a Secretaria reforçou a importância da vacinação. Atualmente, o imunizante que protege contra a gripe está disponível para os seguintes grupos prioritários: idosos (60 anos ou mais), gestantes e puérperas, trabalhadores da área de saúde, trabalhadores da área de educação, crianças na faixa entre 6 meses e 5 anos, pessoas com deficiência permanente, pessoas com comorbidades, caminhoneiros, trabalhadores do transporte rodoviário coletivo, trabalhadores portuários, povos indígenas, população em situação de rua, profissionais das forças de segurança e salvamento, população do sistema de privação de liberdade, população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).

O imunizante está disponível nos 68 centros de saúde (CSs) da cidade. A Secretaria de Saúde aplicou 87.030 doses nas três primeiras semanas de campanha deste ano, contando com o Dia D de vacinação contra a gripe, ocorrido no último sábado, 13 de abril. Até o momento, 23% dos idosos se vacinaram. Nos outros principais grupos prioritários a adesão é menor: puérperas (12,69%), crianças (12,20%) e gestantes (9,69%). A meta da Saúde é imunizar 90% de cada um dos grupos prioritários.

MORTE POR DENGUE

A Região Metropolitana de Campinas (RMC) registrou a 14ª morte por dengue deste ano. O óbito aconteceu em Americana e é o primeiro pela doença em 2024 na cidade. A vítima é um homem de 74 anos, morador do Bairro Morada do Sol, que morreu no último dia 26 de março. Até terça-feira, a RMC totalizava 63.551 casos, sendo 88 graves, de acordo com o Painel de Dengue do Estado de São Paulo. Além de Americana, Campinas tem oito óbitos por decorrência da doença neste ano. Itatiba, Santa Bárbara d'Oeste e Jaguariúna tem uma morte cada. Em Santo Antônio de Posse foram duas. Campinas atingiu na terça-feira 53.998 casos, com mais 1.139 notificações confirmadas em um dia.

A RMC também deu início na semana passada à vacinação contra a dengue para o público-alvo de 10 a 14 anos. Cada cidade adotou sua própria estratégia de vacinação. De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, a Secretaria de Saúde de Campinas já aplicou 2.413 doses de vacina contra a dengue para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. A campanha teve início na quinta-feira, 11 de abril, e os imunizantes continuam disponíveis nos 68 centros de saúde (CSs) da cidade.

Franciele do Carmo não esperou muito para levar o filho Carlos Eduardo, de 12 anos, para tomar a primeira dose da vacina. “Assim que soube que tinha a vacina aqui no posto de saúde do meu bairro, já levei. Tinha receio de acabar as doses”, disse Franciele, ressaltando que Carlos não apresentou nenhuma reação ao imunizante. Ela aproveitou a ida até o CS do Jardim Eulina e também vacinou o pequeno Guilherme, de 5 anos, contra a gripe.

A primeira remessa chegou ao município na semana passada com 18.063 doses. A entrega foi feita à Saúde pelo governo do Estado, que recebeu do Ministério da Saúde. O esquema vacinal recomendado corresponde à administração de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações. A operacionalização da campanha é uma decisão de cada município que visa maior efetividade para atingir este público-alvo.

De 1º de janeiro até a última segunda, 15 de abril, Campinas teve, na faixa etária de 10 a 14 anos, 3.187 casos e nenhum óbito.

As salas de vacinação funcionam conforme horário de funcionamento de cada Centro de Saúde. Não é preciso realizar agendamento para receber a vacina contra a dengue. A Secretaria de Saúde orienta a apresentação de documento de identidade com foto. Além disso, é recomendado levar a caderneta de vacinação, se tiver. 

No município, a média diária da doença está acima de mil casos. Desde o início do ano as semanas epidemiológicas com mais registros até agora são a 12ª (do dia 17 a 23/03), com 7.613 notificações, sendo 134 casos em análise; seguida da 14ª (31/03 a 06/04), com 7.212 casos e 242 em verificação; a 13ª (24 a 30/03), com 6.674, e 183 aguardando confirmação; e por último a 11ª (10 a 15/03),com o total de 6.522 e 157 verificações. Esses dados são alterados constantemente conforme há novas confirmações ou descartes da doença. A notificação é feita a partir da data do inicio dos sintomas.

MUTIRÕES

Agentes de saúde visitaram 4,5 mil imóveis no 11º mutirão no último sábado realizado pela Prefeitura de Campinas em 2024 para prevenção e combate à dengue. A ação ocorreu em seis bairros no sábado e com isso a Administração ultrapassou a marca de 45 mil espaços vistoriados considerando-se somente este tipo de ação realizada aos finais de semana.

Os bairros percorridos foram: Parque Itajaí I, II, III e IV, além do Jardim Lisa e Jardim Liliza. Foram removidas 1,3 mil toneladas de resíduos durante os trabalhos para limpeza e eliminação de possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença. Nesta ação mais recente foram visitados 4.567 imóveis e 52,7% foram trabalhados com remoção de criadouros do mosquito e orientação aos moradores. Já a outra parte estava inacessível por estar fechada, desocupada ou em virtude do impedimento dos moradores.

ORIENTAÇÕES

A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico. A Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação. Já quem estiver com suspeita de dengue ou doença confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.

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