Gabriel Novaes ganhou espaço após dois gols feitos na 2ª-feira (Diogo Silva / Especial PontePress)
A vitória sobre o Amazonas por 3 a 0, anteontem, no estádio Moisés Lucarelli, deu fôlego suficiente para João Brigatti desenvolver o seu trabalho e priorizar o aprimoramento de alguns setores. Seu foco encontra-se no ataque, em que os dois gols anotados por Gabriel Novaes lhe deram a garantia de que tem um novo titular e que pode fazer novamente a diferença no sábado, às 17 horas, contra o Operário- PR, na casa do adversário.
“Ninguém começa na base do São Paulo e vai para o Barcelona B à toa. É um atleta de muitas qualidades, alguns problemas extracampo que a gente tenta ajudá-lo, coisas de família. Mas é uma pessoa sensacional, que comprou nossa ideia e vem numa crescente muito grande”, disse o treinador, que ainda lamenta a sua ausência no confronto diante do Goiás. “Ele teve uma febre antes do jogo contra o Goiás e se destacou (contra o Amazonas). É um artilheiro nato, que a gente tem que saber explorar as situações em campo”, analisou o comandante da alvinegra.
O momento de Gabriel Novaes não provoca indiferença de Brigatti em relação aos outros concorrentes do setor ofensivo.
O treinador relatou a lesão do centroavante Jeh no joelho e confirmou seu desejo em contar com o atleta para o restante da competição.
Para ele, as características de Jeh são preciosas e não podem ser descartadas. “A Ponte precisa do Jeh. E ele precisa da Ponte também. Ele não iria jogar contra o Goiás, só entrou por conta da febre do Gabriel Novaes”, disse.
A entrevista coletiva foi uma oportunidade para o técnico explicar todo o episódio que envolveu o jogador no estádio Hailé Pinheiro em Goiânia. O jogador, segundo ele, não estava na relação oficial de batedores de pênalti. Mesmo assim, Jeh assumiu a responsabilidade e bateu a penalidade defendida pelo goleiro Tadeu.
“Ele não sairia por isso e conversamos no intervalo. O que chamou a atenção foi o ato seguinte, um descontrole com o cartão amarelo, e aí poderia ser expulso. Chamei depois e conversamos. Mas não veio hoje devido a uma tendinite no joelho. Pode ter certeza que contamos com ele, e peço à torcida que tenha carinho com ele, pois o Jeh ainda será muito útil ao time da Ponte, explicou o treinador.
Recuperar Jeh no aspecto técnico e emocional não é o único trabalho colocado sob os ombros do técnico João Brigatti.
Contratado como o principal reforço para a temporada, o atacante Renato, de 34 anos, ainda não embalou devido a lesões e falta de sequência de jogos. Para o treinador, não há motivo para desespero.
“Contamos muito com o Renato. Eu pedi sua contratação. Infelizmente, no jogo treino contra o São José, ele teve uma lesão e está em recuperação. Já conversei com ele e talvez essa semana seja liberado para fazer essa transição juntamente com o grupo para depois ser utilizado nas partidas”, disse Brigatti.
A afirmação de Gabriel Novaes e a recuperação técnica de Jeh e Renato geram um novo trunfo, que é a tranquilidade para desenvolver os treinamentos após a vitória sobre o Amazonas. Brigatti admite que a semana de preparação foi difícil, mas ao atuar em um clube com as características da Ponte Preta, é preciso encontrar-se preparado para todo tipo de pressão.
“O ambiente fica pesado. Nossa torcida e nossa diretoria são exigentes, e têm de ser assim mesmo. Os atletas sabem que poderia dar um pouco mais lá, principalmente no fator emocional. Queremos coisas boas no campeonato, mas tudo depende de processos, e os processos às vezes são mais lentos no início de campeonato”, refletiu o treinador.
Apesar da titularidade de Gabriel Risso, a busca de aprimoramento do lateral-esquerdo Jean Carlos é outra tarefa colocada para a comissão técnica. “É uma opção a mais. O Jean Carlos é um garoto sensacional. Tem qualidade, tem velocidade”, arrematou.
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