PESQUISA E INOVAÇÃO

Ministério da Saúde assina carta de intenções com Universidades

Documento envolve Unicamp, USP e Unesp visando assistência à população

Israel Moreira/ [email protected]
21/06/2023 às 09:05.
Atualizado em 21/06/2023 às 09:05
Ministra da Saúde, Nísia Trindade, assina documento com Universidades (Antonio Scarpinetti/Unicamp)

Ministra da Saúde, Nísia Trindade, assina documento com Universidades (Antonio Scarpinetti/Unicamp)

Representantes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual Paulista (Unesp), assinaram na terça-feira (20) de manhã em Campinas, uma carta de intenções com o Ministério da Saúde. O evento realizado na Unicamp contou com as presenças da ministra da Pasta, Nísia Trindade; e do secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Vahan Agopyan. Também marcou o lançamento do livro “Saúde é Desenvolvimento — O Complexo Econômico-Industrial da Saúde como opção estratégica nacional”, que teve a coordenaçãogeral do secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde do Ministério, Carlos Gadelha, com artigos de 43 pesquisadores de 10 instituições de ensino superior do País.

O documento assinado estabelece colaborações na área da assistência a setores acadêmicos e de tecnologia através de quatro frentes de trabalho. Uma delas prevê o desenvolvimento de um Complexo Econômico-Industrial da Saúde. A ampliação da base local de produção e inovação, de forma articulada às demandas do Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo iniciativas de inovação em produtos e serviços no campo da assistência.

O objetivo da parceria, segundo o Ministério da Saúde, é reduzir a dependência do Brasil em importações feitas pelo SUS. Para isso, é necessário estimular iniciativas nas Universidades que possibilitam a criação de produtos e serviços de assistência à população.

Um aspecto importante do acordo prevê o apoio ao desenvolvimento de pesquisas no campo da ciência, tecnologia e inovação em saúde, também em atendimento às demandas do SUS. Inclui, ainda, a formação de profissionais para a saúde, nas atividades de atenção, assistência e desenvolvimento em saúde, incluindo áreas e territórios relacionados aos determinantes sociais da saúde, como condições ambientais, fatores genéticos, renda e nível educacional. 

A pretensão é estimular a pesquisa e a inovação, além de promover o avanço de campanhas prioritárias do SUS, incluindo, nesta frente, campanhas de vacinação e de educação em saúde. “O Ministério da Saúde, hoje, respeita a Ciência. É um Ministério que entende que os trabalhos com a comunidade científica, em prol de políticas públicas que tragam benefícios à sociedade, são essenciais na sua missão”, afirmou a ministra.

MINISTÉRIO

Nísia Trindade disse não se preocupar com as especulações sobre suposta mudança no comando do Ministério, em um movimento que estaria sendo articulado pelo “Centrão” e pelo presidente da Câmara, Arthur Lira. A ministra disse acreditar em uma articulação aperfeiçoada e no equilíbrio entre os Poderes da República, enfatizando sua relação com a Câmara e o Senado. 

“Tenho um excelente diálogo com os presidentes das Casas e uma agenda muito intensa de contatos e atendimentos a parlamentares. Do meu ponto de vista, isso faz parte da democracia. E como tenho dito, um ministro de Estado é alguém nomeado pelo presidente da República. O presidente tem reiterado a importância do SUS e de uma pessoa do SUS, com as minhas características, para a condução da Pasta. É o que posso dizer neste momento. Continuarei o meu trabalho”, declarou Nísia.

A ministra disse não ver oposição entre ciência e política e garante que encara com serenidade esse tipo de problema trabalhando em uma agenda de fortalecimento da capacidade de coordenação do Ministério da Saúde e de fortalecimento do SUS.

“Acompanhamos tudo o que sai na imprensa, mas devo dizer de maneira clara algumas questões: primeiro, não há oposição entre ciência e política. Não sou pessoa de trajetória na política partidária, mas sempre vi essa junção entre a ciência e a política, pensando inclusive a política pública do País. Eu sou uma pessoa do SUS e o SUS é feito com ciência e com política”, concluiu.

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