DE DEZEMBRO A MARÇO

Em três meses, Campinas entrou em estado de atenção 38 vezes por chuva e calor

Administração contabilizou 1.243 ocorrências no período, sendo 95 quedas de árvores e 62 alagamentos em imóveis e vias públicas

Da Redação
28/03/2024 às 09:14.
Atualizado em 28/03/2024 às 09:14
O maior índice de chuva registrado durante os meses da Operação Chuvas de Verão foi 92,4 milímetros, em janeiro, no Jardim das Bandeiras; tempestades motivaram 18 vezes o estado de atenção em Campinas (Alessandro Torres)

O maior índice de chuva registrado durante os meses da Operação Chuvas de Verão foi 92,4 milímetros, em janeiro, no Jardim das Bandeiras; tempestades motivaram 18 vezes o estado de atenção em Campinas (Alessandro Torres)

Na reta final, a Operação Chuvas de Verão divulgou dados sobre as ocorrências atendidas durante o período mais chuvoso do ano em Campinas. Em dezembro de 2023 até 25 de março de 2024, foram 1.243 ocorrências de diversos tipos, sendo as principais referentes a queda de árvores e galhos. No primeiro caso foram 95 árvores que caíram durante o período analisado e 58 galhos. Além disso, alagamentos em imóveis e vias públicas também somaram um número considerável de ocorrências, 62.

Durante esse período, Campinas entrou em estado de atenção 18 vezes devido ao volume de chuva. O maior índice registrado foi de 92,4 milímetros, captados na estação Jardim das Bandeiras, no mês de janeiro. A maior média mensal foi registrada em dezembro, com 324,1 mm. O esperado para o mês era de 209,1 mm. No entanto, ao mesmo tempo em que dezembro foi muito mais chuvoso do que a expectativa, o volume de chuva dos demais meses da Operação Verão ficou abaixo da média. Com os índices pluviométricos controlados, a preocupação do Comitê de Gestão de Risco e Desastres "continua sendo a incidência de temporais e vendavais".

“Nós estamos no final da Operação Chuvas de Verão que tem sido bastante exitosa. Não tivemos nenhum óbito e os índices de chuva ficaram dentro da média, porém a grande preocupação continua sendo os temporais. Essa edição da Operação teve um sincronismo muito bom entre todos os órgãos da Prefeitura e, além disso, a entrada da CPFL no comitê agregou muito”, analisou o coordenador regional e diretor do Departamento de Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, ao destacar a integração bem-sucedida entre os órgãos municipais, corpo de bombeiros e CPFL.

Ainda de acordo com ele, a expectativa é que o radar meteorológico, equipamento inédito que garantirá mais precisão e agilidade na previsão de possíveis eventos extremos, que será instalado na Unicamp, possa ser utilizado durante a próxima Operação Chuvas de Verão. A conquista da implantação desse radar é resultado de um trabalho realizado com a Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp), com os prefeitos da Região Metropolitana e com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

“O radar que será instalado vai proporcionar uma cobertura maior em toda a cidade e Região Metropolitana. Esse é um grande avanço porque vai possibilitar mais precisão, maior cobertura de monitoramento e, consequentemente, alertas mais precisos. Os radares utilizados atualmente estão localizados nos municípios de Bauru e de Salesópolis”, explicou Sidnei Furtado.

Campinas também entrou em estado de atenção outras 20 vezes, mas por outro motivo: o calor. As altas temperaturas marcaram o verão campineiro. O município também entrou nessa situação outras 20 vezes pelo registro de altas temperaturas. O dia mais quente foi 8 de janeiro, com 35,5 ˚C.

Além dos membros da Defesa Civil, participaram da reunião do Comitê de Gestão de Risco e Desastres representantes das secretarias municipais de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos; Comunicação; Urbanismo; Saúde; Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade; Educação; Serviços Públicos; Habitação; as empresas municipais Emdec e Sanasa; Corpo de Bombeiros e CPFL Energia.

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