ENTREVISTA

Como a 'Linguagem Simples’ pode facilitar o acesso aos serviços públicos

Thiago Pinheiro Rosa, servidor da Unicamp, revela como isso é possível

Daniel Rocha/ [email protected]
28/04/2024 às 10:12.
Atualizado em 28/04/2024 às 10:12
Thiago Pinheiro Rosa, servidor da Unicamp; defensor da "Linguagem Simples" (Rodrigo Zanotto)

Thiago Pinheiro Rosa, servidor da Unicamp; defensor da "Linguagem Simples" (Rodrigo Zanotto)

Com um currículo impressionante, o servidor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Thiago Pinheiro Rosa, se destaca por sua formação diversificada em cinco áreas do conhecimento e por sua trajetória notável em concursos públicos, tendo sido aprovado em 14 dos 46 que realizou, incluindo o concurso para agente administrativo na Unicamp em 2013. Como defensor ardoroso da "Linguagem Simples" - uma abordagem objetiva e inclusiva de transmissão de informações - Thiago ministra cursos sobre o tema na Escola de Educação Corporativa (Educorp) da universidade estadual.

A convite do presidente executivo do Correio Popular, Ítalo Hamilton Barioni, Thiago compartilhou detalhes de sua carreira acadêmica e sua chegada à Unicamp, além de falar sobre o seu interesse e envolvimento com a “Linguagem Simples”. Sua perspectiva sobre essa forma de comunicação vai além do aspecto técnico, apresentando-se como uma abordagem cultural que aproxima as pessoas e facilita a compreensão. Thiago acredita que a técnica pode promover mudanças significativas na experiência do usuário com serviços públicos. Seu compromisso em aprimorar a comunicação nas instituições reflete sua convicção de que a “Linguagem Simples” é uma ferramenta poderosa para construir pontes entre as pessoas e tornar as informações mais acessíveis.

Natural de Rio Claro, Thiago viveu em várias cidades antes de se estabelecer em Campinas devido ao trabalho na Unicamp. Sua trajetória pessoal e profissional demonstra uma busca constante por aprimoramento e crescimento. Ele começou sua vida em Rio Claro, morou em Piracicaba por dez anos e agora reside em Limeira, conciliando sua vida entre essas cidades enquanto atua na Unicamp. Confira os principais trechos desta entrevista.

Vamos começar pelo começo, Thiago. De onde o senhor é?

Eu nasci em Rio Claro, mas vivi em outras duas cidades ao longo da minha vida, mas quase que não saio de Campinas, por conta do meu trabalho na Unicamp, então eu sempre brinco chamando isso de "quarteto amoroso", porque ao deixar Rio Claro, eu fui morar em Piracicaba. Foram dez anos. E agora eu estou morando em Limeira. Em Rio Claro, eu vivi até os meus dezoito anos e em Limeira eu moro há cerca de um ano, porque é onde eu exerço as minhas funções na universidade. Mas como eu disse, sempre estou aqui por Campinas.

E quanto aos seus estudos? Conte-nos um pouco sobre sua trajetória acadêmica.

Bom, eu sempre quis ir para a área militar, porém, no final, eu passei no vestibular para Medicina, na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mas decidi não ir, em especial, pela questão financeira. Aí, por um ano eu fui trabalhar em festas de rodeios, indicado pelo pai de um colega meu e, nesse período, juntei dinheiro pra fazer cursinho para, novamente, prestar o vestibular. Foi nesse momento que eu passei no meu primeiro concurso público, do Conselho Regional de Farmácia (CRF) e aí é que eu começo a cursar Gestão Financeira e me especializo em Matemática. Eu sempre gostei muito de matemática e português. Essa é a grande dualidade da minha vida. Ao prestar vários concursos públicos, eu percebi a minha afinidade com a língua portuguesa e comecei a dar aulas particulares. Um dia, o pessoal do curso de MBA da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), pertencente à Universidade de São Paulo (USP), me procurou dizendo que queria uma pessoa que trabalhasse com a língua portuguesa e me perguntaram se eu tinha interesse e eu disse que não era formado. É nesse momento que eu começo a cursar Letras. A partir daí, fui me formando em outras áreas. A minha terceira faculdade foi de Gestão de Recursos Humanos. Depois eu concluí Gestão de Marketing e agora estou terminando Gestão de TI.

Essas áreas têm alguma relação entre si?

Sim. Depois que eu fiz Letras, por uma questão de comunicação, eu achava que precisava entender mais sobre gestão de recursos humanos, porque comunicação é muito mais do que, simplesmente, falar e ouvir, mas é preciso entender como ela funciona dentro de uma corporação ou instituição. Já Gestão de Marketing eu fiz em meio à pandemia (de covid-19), porque nós tínhamos um processo dentro da Unicamp todo realizado em papel, burocrático, e, do nada, a gente precisou se digitalizar, trabalhar com mídias sociais, cartilhas, diagramas, imagens etc. E foi por isso que eu voltei a estudar. E Gestão de TI é porque eu entendo que nada no mundo de hoje acontece sem a presença da tecnologia. Inclusive, no trabalho que eu realizo referente à Linguagem Simples.

E o ingresso na Unicamp? Como se deu?

Olha, eu fiz 46 concursos públicos e passei em 14. Um desses foi o da Unicamp. Eu fui aprovado para agente administrativo em 2013 e entrei no ano seguinte pra trabalhar no campus de Limeira.

O senhor trabalhou em várias funções ao longo do tempo?

Isso. Ao entrar, eu fui para a área de compras, mas depois de oito meses me transferiram para a área de projetos de pesquisa, onde eu trabalho, atualmente, com gestão administrativa, dando apoio aos pesquisadores. Vinculado à Faculdade de Tecnologia (FT), hoje eu estou envolvido na gestão de mais de trinta projetos da universidade.

Como surgiu seu interesse e aprofundamento no tema da linguagem?

Bom, eu sequer imaginava dar aula na Unicamp, que é algo que muito me orgulha e, principalmente, aos meus colegas de trabalho, que são os servidores da universidade. Em 2019, a Escola de Educação Corporativa (Educorp) abre o chamado Programa de Desenvolvimento Gerencial (PDG) e, na época, os responsáveis procuravam por alguém da área comunicacional para administrar aulas sobre temas referentes a este campo. Meu primeiro curso foi "Descomplicando a Escrita", uma classe de gramática que tratava da reforma ortográfica e dava dicas básicas sobre concordância verbal e nominal, etc. O segundo foi sobre redação administrativa, trabalhando com atributos como clareza, coesão e objetividade. Agora, em relação à Linguagem Simples, o tema começou a ficar evidente a partir de 2019, na Semana da Inovação, promovida pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), em Brasília, onde o tema foi tratado como uma nova técnica de comunicação. Com a pandemia de covid-19, entre 2020 e 2021, a Educorp me pediu para preparar um curso sobre o assunto. Eu levei entre seis e oito meses para montá-lo. A ideia era trazer o tema para a realidade da Unicamp e melhorar a relação entre o serviço público e o cidadão. Mas era preciso pensar também na heterogeneidade da própria Unicamp, que conta com vários campi e muitos servidores, de várias idades, formações, origens e trabalhando em muitas áreas distintas também. Enfim, eu fiz uma apostila e gravei as aulas. Ao todo, ele tem duração de duas semanas. A primeira parte consiste em fazer o diagnóstico de um texto, de preferência um com qual a pessoa trabalha, em geral, procedimentos da própria universidade. A segunda parte consiste na melhoria do documento, porém, se o texto já está bom e não é passível de melhora, então se cria um procedimento novo com a utilização da Linguagem Simples.

Quantas pessoas já participaram do curso?

Foram vinte turmas concluídas. Iniciaremos agora a 21ª. Mais de seiscentas pessoas das mais diversas áreas já participaram e o legal são as especificidades que vão aparecendo ao longo do curso em relação às diversas áreas: tecnologia da informação, saúde etc. Na área da saúde, por exemplo, nós chegamos a revisar cerca de cinquenta procedimentos voltados ao público. E o pessoal da saúde é bastante rigoroso, mas é preciso também facilitar a comunicação. Quer um exemplo? Muita gente não sabe o que é "fazer jejum". Não é muito mais fácil escrever "ficar sem comer"? Havia muita dificuldade também em relação aos nomes dos exames. As pessoas não têm obrigação de saber o que é uma angioplastia. Então, muitas vezes, é preciso colocar qual é a finalidade do exame. Muita gente chegava à Unicamp e dizia que iria fazer um exame, mas sequer sabia do que se tratava e, no âmbito administrativo, há, atualmente, uma preocupação com uma melhor comunicação, que os documentos sejam mais fáceis de serem compreendidos e com uma linguagem menos técnica. A Diretoria Geral de Administração (DGA) da universidade participou do evento da Enap, em 2019, e, em 2021, eles começaram a implementar essa ideia na Unicamp e, na Educorp, nós fomos fazendo isso em paralelo. A Unicamp tem sido uma das instituições pioneiras na implantação da Linguagem Simples. E, em breve, isso será uma obrigatoriedade, e quem não deu início a esse processo de mudança terá muito mais dificuldades no futuro, porque é complexo. Não é simples escrever de maneira simples. É tudo, menos simples.

Servidores participam da oficina Linguagem Simples, realizada na Escola de Governo e Desenvolvimento do Servidor (EGDS) da Prefeitura de Campinas (Aquivo Pessoal)

Servidores participam da oficina Linguagem Simples, realizada na Escola de Governo e Desenvolvimento do Servidor (EGDS) da Prefeitura de Campinas (Aquivo Pessoal)

E quais são os atributos da Linguagem Simples?

Basicamente, nós podemos pensar de duas formas. Primeiramente, que a Linguagem Simples é uma técnica e, ao mesmo tempo, uma causa ou movimento social. Como causa ou movimento social, eu penso que todas as pessoas têm direito a ter acesso ao serviço público e que possa compreendê-lo. Tecnicamente, nós estamos falando de uma série de práticas textuais que visam estabelecer três metas: que as pessoas encontrem a informação dentro de qualquer texto; que as pessoas compreendam essa informação; e que as pessoas utilizem essa informação, que é a mais importante das três. Existem ainda as técnicas básicas, que giram em torno de oito e dez, que são: redigir frases curtas e em ordem direta; utilizar mais ações por meio de verbos; inserção de tópicos; evitar somente a escrita linear; utilizar título e subtítulo; e, principalmente, começar a trabalhar o aspecto visual dos documentos, sendo este um grande desafio do setor público. Por cultura, na administração pública, os documentos não são visualmente atraentes e a Linguagem Simples insiste muito nisso. Não é nada de outro mundo fazer essas mudanças e isso deve acontecer por meio de quatro etapas: a primeira é o diagnóstico, onde será verificada a existência de defeitos, se o texto é muito longo e se o público-alvo é capaz de entender o documento, por exemplo; a segunda é o planejamento. Na Unicamp saem cerca de duzentas novas resoluções todos os anos, então é preciso pensar antes de redigir um novo texto. É necessário pensar sobre qual é a finalidade do documento, quem é o público que irá lê-lo e o que se quer atingir com ele. É uma etapa fundamental do processo e não há costume, na administração pública, de se planejar os documentos emitidos. E tem que ser algo institucional e integrado, porque é no planejamento que, muitas vezes, a gente acerta a mão no procedimento; a terceira etapa é a de execução, onde entram as técnicas já mencionadas anteriormente. E uma coisa bastante interessante que a Linguagem Simples já traz é o ato de se evitar termos sexistas ou racistas, por exemplo. É a primeira técnica de comunicação que evidencia que é preciso ter igualdade de gênero na escrita. É a utilização de expressões neutras ou caso tenha sido utilizado um termo no masculino, este deve ser usado no feminino também. A linguagem neutra ainda não é utilizada por conta da dificuldade de tradução do "x" e do "@" pra efeitos de acessibilidade e alguns grupos, como os idosos, talvez, não consigam entender os termos. O mundo mudou e nós precisamos nos preocupar com as terminologias; e a última etapa é a de revisão. Mas a Linguagem Simples é contínua e, de tempos em tempos, o texto elaborado hoje, precisará passar por modificações no futuro.

E como é que a Linguagem Simples age em relação à qualidade do texto?

Primeiramente, a gente precisa entender que o que é óbvio para quem escreve, pode não ser óbvio para todo mundo que lê e esse é o principal desafio que as pessoas manifestam nos cursos e palestras que eu ministro. Elas me dizem que o seu maior medo é compreender se elas têm a capacidade de fazer com que as pessoas as compreendam e dizem que não conseguem entender quando pedem para uma determinada pessoa preencher certo campo em um formulário e ela assinala o campo errado. Por isso, eu gosto muito da etapa do diagnóstico, principalmente, que é quando a gente vai medir com o nosso público se aquilo está legal. Na Unicamp, por exemplo, a gente realiza diversos tipos de diagnósticos. Na área da saúde, o pessoal do atendimento começou a perceber que a cada dez exames marcados, metade não estava dando certo porque as pessoas sequer conseguiam se preparar para a sua realização, uma vez que não entendiam o que o documento dizia. É preciso pensar que, atualmente, as pessoas muitas vezes têm certa preguiça, ou até mesmo dificuldade, de ler ou interpretar um texto. E isso não tem nada a ver com estudo. Uma pergunta que eu gosto de fazer nos cursos que eu ministro é "quantos manuais você já leu inteiramente na sua vida?", porque a gente não tem paciência pra isso e a Linguagem Simples vem, justamente, pra eliminar o conceito de que "se é óbvio pra mim, tem de ser óbvio pro outro". Muito pelo contrário. Porque não se trata só da qualidade do texto, mas da qualidade do conteúdo e se esse conteúdo for capaz de ser entendido, aí estaremos realmente atingindo o objetivo da Linguagem Simples.

E o senhor acha que a Linguagem Simples vai fazer com que o serviço público seja mais acessível?

Como função de linguagem eu tenho total certeza de que sim. Agora, como função de experiência daquele que se utiliza do serviço, nós ainda precisamos trabalhar em outras esferas e que são altamente necessárias, ou seja, nós temos de usar a Linguagem Simples pra tornar o que é óbvio pra gente, óbvio para as outras pessoas também e não que aquilo que é óbvio pra gente seja empurrado para as outras pessoas a qualquer custo.

Atendimento do Procon em Campinas, um dos serviços públicos que poderia ser aperfeiçoado com a adoção das técnicas da Linguagem Simples (Kamá Ribeiro)

Atendimento do Procon em Campinas, um dos serviços públicos que poderia ser aperfeiçoado com a adoção das técnicas da Linguagem Simples (Kamá Ribeiro)

O acesso ao conceito de linguagem simples também é uma questão de cidadania, não é?

Sim, claro. Em 2017, nós tivermos a Lei 13.460, que é a Lei do Direito ao Usuário, que, justamente, garante o acesso aos serviços públicos de uma maneira transparente e clara. A Linguagem Simples é uma técnica de comunicação que promove isso. E o mais interessante é as pessoas começarem a compreender que elas têm o direito de entenderem o serviço do qual elas são usuárias, até mesmo antes de usá-lo, e isso hoje é um grande problema. A Prefeitura de São Paulo é um caso de sucesso com o 011.Lab (Programa Municipal de Linguagem Simples), cujo objetivo é simplificar a linguagem que a Prefeitura de São Paulo usa na comunicação com a população, sendo o primeiro município do país a instituir esse tipo de política de maneira formal, por meio de norma. Brasília, na área de saúde, desenvolveu um guia de Linguagem Simples que melhorou o atendimento e o tempo deste, bem como, a parte de remarcação de consultas e reagendamento de exames, que diminuíram muito, porque agora as pessoas conseguem compreender o que é pedido a elas, elas recebem um lembrete, tudo em uma linguagem descomplicada. A desburocratização sempre foi algo perseguido pela administração pública, mas, talvez, faltasse a técnica e agora ela esta aí. 

Mas nem sempre a Linguagem Simples é mais curta, certo? O que ela tem de ser é inteligível. É isso?

Perfeito. É isso. Traduzir para a linguagem simples não necessariamente irá encurtar o texto, porque ser objetivo não é reduzir texto. Ser objetivo é fazer com que ele seja compreendido. O Tribunal de Justiça (TJ) do Rio Grande do Sul emite, na atualidade, duas sentenças: a técnica, para os advogados, e a em Linguagem Simples, para todos os cidadãos. O TJ tem um núcleo específico pra isso. Agora, se é algo na área da saúde, um exame, por exemplo, aí o correto será colocar o nome do procedimento e também para o que ele serve. Só pra se ter uma ideia, a Prefeitura de Niterói, no Rio de Janeiro, já conta com um dicionário de Linguagem Simples com mais de 1.500 termos usados na administração pública.

Como superar a dificuldade de introduzir novidades, especialmente quando muitas pessoas encaram o novo com desconfiança?

Olha, eu acho que a gente vive em um momento de "dádiva de gerações". Nós temos, na atualidade, muitas gerações trabalhando juntas ao mesmo tempo e precisamos usar isso a nosso favor, porque a Linguagem Simples nada mais faz do que somar e o que a gente precisa perpetrar é a desmistificação do fato de que o que a gente realiza é, simplesmente, uma aula de gramática. As pessoas precisam entender o propósito do que a gente está fazendo e perceber que é muito mais do que isso. Sem contar a questão daqueles que trabalham com termos muito técnicos, como advogados e médicos, porque eles estudaram os termos de uma forma menos simples e é preciso mostrar que a Linguagem Simples não veio para substituir ou anular nada. É muito bom deixar isso claro. Não estamos em nenhum momento abrindo mão do que é técnico ou do que é formal. A Linguagem Simples não é uma ameaça. Muito pelo contrário. Nós só estamos fazendo com que a informação, seja ela qual for, chegue a mais pessoas de maneira mais clara e inteligível.

É comum enfrentar bloqueios ao escrever. Será que essa dificuldade precisa ser superada para implementar a linguagem simples?

Sim, porque quando a gente pensa na questão do planejamento, muitas vezes, as pessoas querem atropelar o assunto em prol da técnica. A pessoa nem começou a escrever e já está pensando se aquela frase tem mais de vinte palavras, mas ela nem conseguiu desenrolar o assunto ainda e na administração pública, como tudo tem de ser formal, as pessoas redigem muito sem pensar, então, é preciso ter hierarquia de informações, partindo do que é mais essencial para o restante. E o que falta, muitas vezes, é prática, porque as pessoas estão muito acostumadas a fazer tudo no automático e a dificuldade de redigir nos dias de hoje tem se tornado muito grande por isso. Então, é preciso plantar uma sementinha aqui, outra ali, pra mudarmos a cultura e prepararmos bem as pessoas pra que elas entendam a importância da Linguagem Simples e a utilizem. O problema é que, às vezes, as pessoas estão só preocupadas com a estética do texto e não com escrever um texto qualificado e de conteúdo.

Thiago Pinheiro Rosa grava mais um episódio do seu podcast Passagem de Plantão (Arquivo Pessoal)

Thiago Pinheiro Rosa grava mais um episódio do seu podcast Passagem de Plantão (Arquivo Pessoal)

Além da Unicamp, onde o senhor trabalha, outras instituições têm recorrido aos seus serviços?

O último convite que nós recebemos foi pra gravar um curso pro Tribunal de Contas da União (TCU) e eu já estou elaborando a proposta a ser apresentada e a minha pretensão é trazer os elementos da redação administrativa que nós já trabalhamos na Unicamp. Nós também fomos, recentemente, convidados pela PUCCampinas a fim de ministrar uma palestra para residentes da área de saúde.

Thiago, por favor, sinta-se à vontade para compartilhar suas considerações finais.

Eu só gostaria de dizer que a Linguagem Simples é mais do que uma técnica. É uma cultura de aproximação entre pessoas. Elas são o foco. E eu tenho plena convicção de que se nós usarmos essa técnica para aproximar pessoas, nós teremos atingido o nosso objetivo. Essa é a primeira das técnicas de comunicação cuja palavra "pessoas" é usada. Estamos sempre pensando em pessoas e em nos fazermos entender. Afinal, quem não quer ser compreendido, né?

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