SÃO PAULO

Alckmin defende reforma política em curto prazo

O governador disse que "reunião foi importante" e que pretende estudar a proposta de reforma

Agência Brasil
25/06/2013 às 17:06.
Atualizado em 25/04/2022 às 11:50

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, demonstrou ter ficado satisfeito com o resultado da reunião de segunda-feira (24) com a presidenta Dilma Rousseff, demais governadores e prefeitos. Ele disse que “foi reunião importante” e que pretende estudar com muita atenção a proposta de reforma política. “Quero louvar a questão da reforma política”, disse ele, hoje (25), após receber comissão de líderes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e do Movimento Terra Livre.

Alckmin disse que defende a reforma política há muito tempo. “Esta é uma crise política, uma crise de representatividade, falência do modelo político”, avaliou ele, destacando duas alterações que considera possíveis de aprovação em curto prazo, sem necessidade de um plebiscito: fim das coligações partidárias proporcionais, para acabar com a legenda de aluguel no horário eleitoral, e a adoção do voto distrital.

“Partido político [deve] valer por suas ideias, pelos seus quadros e não pelo tempo na televisão”, disse em referência às coligações. Quanto ao voto distrital, calculou que as campanhas custariam menos.

“Como é que pode alguém ser eleito deputado em São Paulo, se precisa pedir votos em um estado com mais eleitores do que a Argentina. Temos 32 milhões de eleitores em São Paulo, é maior do que a Argentina [27 milhões]. Como uma pessoa pode fazer uma campanha em uma Argentina inteira. Não tem vínculo”, avaliou o governador.

Para se eleger no estado pelo seu tamanho, segundo observou, só vai se sobressair quem está presente na mídia ou é conhecido pela atuação como jogador de futebol, artista ou que tenha apoio de grupos corporativos; tem muito dinheiro ou ainda se beneficia da máquina pública.

Tarifas de ônibus 

Alckmin anunciou que, a partir da próxima segunda-feira (1º), serão reduzidas as tarifas de ônibus das linhas operadas pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos em 48 cidades, das quais 39 na região metropolitana de São Paulo e nove na Baixada Santista. São 40 tipos de tarifas que terão desconto médio de R$ 0,15.

A medida estende a redução da passagem ocorrida na cidade de São Paulo. Além disso, o governador manifestou a expectativa de que o estado receba o maior valor possível dos repasses do governo federal, por meio do pacto da mobilidade urbana, que prevê investimentos no valor de R$ 50 bilhões.

Segundo ele, o governo paulista tem três projetos prontos que, pelas contas preliminares, devem superar R$ 3 bilhões. Um destes projetos é o corredor de ônibus entre as cidades de Nova Odessa, Americana e Santa Bárbara D'Oeste, no noroeste paulista, em uma extensão de 24,5 quilômetros a um custo estimado de R$ 380 milhões.

O outro projeto é a melhoria da qualidade dos serviços da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, envolvendo a reforma de 30 estações e gastos orçados em R$ 1,2 bilhão. O terceiro projeto refere-se ao prolongamento da Linha 5 do metrô, ligando os bairros de Capão Redondo, Largo 13 de Santo Amaro até o Jardim Ângela, na zona sul.

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